O milho (Zea mays L.) como bioindicador de solo impactado por Al2 (SO4 )3

Autores/as

  • Jean Pierre L Ramos Universidade Vila Velha
  • Monique Cominote Universidade Vila Velha
  • Ludmila S Oliveira Universidade Vila Velha
  • Ary G Silva Universidade Vila Velha
  • Zilma MA Cruz Universidade Vila Velha

Resumen

O milho (Zea mays L.) é uma gramínea muito difundida no Brasil e, entre todos os cultivares, é a que desperta maior interesse econômico no país. O alumínio (Al3+) é um dos metais que reduzem o crescimento do vegetal, além de ser responsável por alterações fisiológicas e metabólicas. O presente estudo foi desenvolvido com plântulas, de aproximadamente 5 cm de comprimento, expostas à água (controle); e às soluções 15 mg.L-1 e 25 mg.L-1 de Al2 (SO4)3. As regas ocorreram diariamente, em volume suficiente para manter o solo úmido sem perda aparente do líquido no fundo do vaso, e foram interrompidas no 35O dia. Durante os 20 dias seguintes, os vegetais foram regados com água corrente. Durante o período experimental, correspondente a: 96 horas, 15, 25, 35, 45 e 55 dias, amostras foliares do segundo par do ramo plagiotrópico foram utilizadas para extração da Fosfatase Ácida (ACP) e ao mesmo tempo, foram realizadas a biometria do caule e determinação do peso seco das raízes. A fosfatase ácida foi inibida em ambos os tratamentos, com resposta significativa após o 25O dia (p≤0.05). A atividade enzimática foi parcialmente recuperada após suspensão do tratamento, quando comparada ao controle. O comprimento do caule não apresentou diferença significativa entre os tratamentos ao longo de toda a fase experimental. O peso das raízes expostas ao alumínio foi significantemente menor quando comparados ao controle. Provavelmente, essa redução foi resultado do menor crescimento do sistema radicular fasciculado o que leva à deficiência no processo de absorção de nutrientes. Esses resultados permitem concluir que um solo impactado com sais de alumínio pode interferir no metabolismo, no processo absortivo do vegetal e, conseqüentemente, na produção vegetal.

Palabras clave:

sulfato de alumínio, fosfatase ácida, graninea, Poaceae

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Biografía del autor/a

Jean Pierre L Ramos, Universidade Vila Velha

Graduando em Ciências Biológicas; Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Ambiental e Genotoxicidade; Universidade Vila Velha (UVV).

Monique Cominote, Universidade Vila Velha

Graduando em Ciências Biológicas; Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Ambiental e Genotoxicidade; Laboratório de Ecologia Funcional; Universidade Vila Velha (UVV).

Ludmila S Oliveira, Universidade Vila Velha

Graduando em Ciências Biológicas; Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Ambiental e Genotoxicidade; Laboratório de Ecologia Funcional; Universidade Vila Velha (UVV).

Ary G Silva, Universidade Vila Velha

Professor Titular V, Bolsista de Produtividade em Pesquisa FUNADESP; Laboratório de Ecologia Funcional; Universidade Vila Velha (UVV).

Zilma MA Cruz, Universidade Vila Velha

Professor Titular II, Bolsista de Produtividade FUNADESP; Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Ambiental e Genotoxicidade; Universidade Vila Velha (UVV).

Citas

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Cómo citar

Ramos, J. P. L., Cominote, M., Oliveira, L. S., Silva, A. G., & Cruz, Z. M. (2012). O milho (Zea mays L.) como bioindicador de solo impactado por Al2 (SO4 )3. Natureza Online, 10(4), 175–178. Recuperado a partir de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/320

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