Alterações morfo-anatômicas nas folhas que apresentam manchas pardas em Gaylussacia brasiliensis

Autores

  • Júlia R Riguete Universidade Vila Velha

Resumo

Patógenos desencadeiam mudanças bioquímicas na planta hospedeira, ativando respostas de defesa. Dentre as respostas as ações de patógenos incluem a biossíntese de ácido salicílico, a indução da biossíntese de etileno, o reforço da parede celular, lignificação, a produção de vários compostos antimicrobianos e uma forma de morte celular rápida, denominada resposta hipersensíveis. O objetivo foi realizar uma análise morfo-anatômica comparativa entre folhas de Gaylussacia brasiliensis com presença e ausência de manchas parda. As folhas foram seccionadas a mão livre em secções transversais, longitudinais e paradérmicas. Os cortes foram diafanizados em solução de hipoclorito de sódio a 20%, deixados por cinco minutos em ácido acético a 5% e corados por 10 segundos em uma mistura de azul de astra e safranina (3:1). Nas folhas com manchas houve formação de fibras esclerenquimáticas pela deposição de lignina na região do parênquima lacunoso, não ocorrendo nenhum outro tipo de modificação das estruturas em relação ao padrão observado nas folhas que não apresentavam a mancha. Estas manchas seriam resultado de uma possível resposta a agentes patogênicos, promovendo a lignificação das células do parênquima lacunoso no entorno do agente invasor e a formação do esclerênquima na região.

Palavras-chave:

lignina, lignificação, esclerênquima, anatomia

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Júlia R Riguete, Universidade Vila Velha

Bolsista FAPES de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Ecologia de Ecossistemas - PPEE. Universidade Vila Velha – UVV.

Referências

Botelho DMS, Pozza EA, Pozza AAA, Carvalho JG, Botelho CE, Souza PE (2005) Intensidade da cercosporiose em mudas de cafeeiro em função de fontes e doses de silício. Fitopatologia Brasileira 30: 582-588.

CEPERMAR (2007) Plano de manejo do Parque Estadual Paulo César Vinha. Relatório Técnico COM RT.

Dangl JL, Jones JDG (2001) Plant pathogens and integrated defence responses to infection. Nature 411: 826-833.

Davis KR, Hahlbrock K (1987) Induction of defense responses in cultured parsley cells by plant cell wall fragments. Plant Physiolog y 85: 1286-1290.

Hammond-Kosack K, Jones JDG (2000) Responses to plant pathogens. In: Buchanan BB, Gruissem W, Jones RL (ed) Biochemistry & Molecular Biolog y of Plants. Washington, American Society of Plant Physiologists pp 1102-1156.

Kuc J (1997) Molecular aspects of plant responses to pathogens. Acta Physiologiae Plantarum 19: 551-559.

Luteyn JL (2002) Diversity, Adaptation, and Endemism in Neotropical Ericaceae: Biogeographical Patterns in the Vaccinieae. The Botanical Review 68: 55-87.

Raes J, Rohde A, Christensen JH, Peer YV, Boerjan W (2003) Genome- wide characterization of the lignification toolbox in Arabidopsis. Plant Physiolog y 133: 1051–1071.

Rizzardi MA, Fleck NG, Agostinetto D, Balbinot Jr AA (2003) Ação de herbicidas sobre mecanismos de defesa das plantas aos patógenos. Ciência Rural 33: 957-965.

Shewry PR, Lucas JA (1997) Plant proteins that confer resistance to pests and pathogens. Advances in Botanical Research Incorporating Advances in Plant Patholog y 26: 135-192.

Silva RR, Cervi AC (2006) As Ericaceae Juss. nativas no Estado do Paraná, Brasil. Acta Biologica Paranaense 35 : 1-45.

Publicado:

2014-04-01

Downloads

Como Citar

Riguete, J. R. (2014). Alterações morfo-anatômicas nas folhas que apresentam manchas pardas em Gaylussacia brasiliensis. Natureza Online, 12(2), 88–90. Recuperado de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/203

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)