Urucum, Bixa orellana L. (Bixaceae)

um agente importante na regulação de dislipidemias?

Autores

  • Carlos André N. Silva Centro Universitário Vila Velha
  • Saulo F. P. Braga Centro Universitário Vila Velha
  • Ary G. da Silva Centro Universitário Vila Velha

Resumo

Cerca de 17 milhões de pessoas morrem anual-mente no mundo, vítimas de doenças cardiovasculares e coronarianas e, no Brasil, elas são responsáveis por 30% das mortes, principalmente em idades superiores aos 64 anos, quando ela quase atinge o valor de 47,1%. As dislipidemias são uma das causas envolvidas na morbidade dos distúrbios cardiovasculares e, portanto, atraem a aten-ção dos projetos de desenvolvimento de novos fármacos, aplicados ao tratamento terapêutico destas doenças. O urucum, um corante natural extraído de Bixa orellana L. (Bixaceae), amplamente utilizado como aditivo alimentar, tem sido indicado como agente hipolipidêmico. Neste tra-balho, nós investigamos as bases científicas desta indica-ção, assim como levantamos os dados disponíveis sobre outras atividades farmacológicas e toxicológicas do urucum.

Palavras-chave:

Propriedades farmacológicas, doenças coronarianas, hipolipidêmico, toxicologia

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Saulo F. P. Braga, Centro Universitário Vila Velha

r.

Ary G. da Silva, Centro Universitário Vila Velha

Professor Doutor I do curso de Farmácia do Centro Universitário Vila Velha (UVV)

Referências

Agner AR, Barbisan L,; Scolastici C & Salvadori DMF (2004) Absence of carcinogenic and anticarcinogenic effects of annatto in the rat liver medium-term assay. Food and Chemical Toxicology 42: 1687-1693.

Bautista AR, Moreira EL, Batista MS, Miranda MS & Gomes IC (2004) Subacute toxicity assessment of annatto in rat. Food and Chemical Toxicology 42: 625-629.

Cáceres A, Menéndez H, Méndez E, Cohobón E, Samayoa BE, Jauregui E, Peralta E & Carrillo G (1995) Antigonorrhoeal activity of plants used in Guatemala for the treatment of sexually transmitted diseases. Journal of Ethnopharmacology 48: 85-88.

Carvalho PRN (1999) Urucum-avanços tecnológicos e perspectivas. Archivos Latinoamericanos de Nutrición 49: 71S-73S.

Fernandes ACS, Almeida CA, Albano F, Laranja GAT, Felzenszwalb I, Lage CLS, de Sá CCNF, Moura AS & Kovary K (2002). Norbixin ingestion did not induce any detectable DNA breakage in liver and kidney but caused a considerable impairment in plasma glucose levels of rats and mice. The Journal of Nutritional Biochemistry 13: 411-420.

Fleischer TC, Ameade EP, Mensah ML & Sawer IK (2003) Antimicrobial activity of the leaves and seeds of Bixa orellana Fitoterapia 74: 136-138.

Hagiwara A, Imai N, Ichihara T, Sano M, Tamano S, Aoki H, Yasuhara K, Koda T, Nakamura M & Shirai T (2003) A thirteen-week oral toxicity study of annatto extract (norbixin), a natural food color extracted from the seed coat of annatto (Bixa orellana L.), in Sprague-Dawley rats. Food and Chemical Toxicology 41: 1157-1164.

Jako C, Coutu C, Roewer I, Reed DW, Pelcher LE & Covello PS (2002) Probing carotenoid biosynthesis in developing seed coats of Bixa orellana (Bixaceae) through expressed sequence tag analysis. Plant Science 163: 141-145.

Levy LW & Rivadeneira DM (2000) Annato. In: Lauro GJ, Francis FJ (eds) Natural food colorants: science and technology. New York: Marcel Dekker, p.115-152.

Lima LRP, Oliveira TT, Nagem TJ, Pinto AS, Stringheta PC, Tinoco ALA & Silva JF (2001) Bixina, norbixina e quercetina e seus efeitos no metabolismo lipídico de coelhos. Brazilian Journal of Veterinarian Research and Animal Sciences 38: 196-200.

Lima ROA, Azevedo L, Ribeiro LR & Savadori DM (2003) Study on the mutagenicity and antimutagenicity of a natural food colour (annatto) in mouse bone marrow cells. Food Chemical Toxicology 41: 189-192.

Lyng SO, Passos M & Fontana JD (2005) Bixin and á-cyclodextrin inclusion complex and stability tests. Process Biochemistry, 40: 865-872.

Mackay J & Mensah G (2004) The atlas of heart disease and stroke. World Health Organization. Disponível em http:// www.who.int, acesso em: 25 abr. 2005.

Mercadante AZ & Pfander H (2001) Caracterização de um novo carotenóide minoritário de urucum. Ciência e Tecnologia de Alimentos 21: 193-196.

Morrison EY, Smith-Richardson S, West M, Brooks SHE, Pascoe K & Flectcher C (1987) Toxicity of the hyperglycaemic-inducing extract of the annatto (Bixa orellana) in the dog West Indian Medical Journal 36: 99-103.

Najar SV, Bobbio FO & Bobbio PA (1988) Effects of light, air, anti-oxidants and pro-oxidants on annatto extracts (Bixa orellana). Food Chemestry 29: 283-289.

Nicolau JC (2001) Angina e Cuidados Pós-infarto do Miocárdio. Última Atualização: 8 out. 2001. Disponível em: <http://ids-saude.uol.com.br/psf>. Acesso em: 26 abr. 2005.

Oliveira ACAX, Silva IB, Rocha DAM & Paumgartten FJR (2003) Induction of liver monooxygenases by annatto and bixin in female rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research 36: 113-118.

Rodrigues LA, Fracasso JF & Yashuda Y (1998) The hipotensive action of the extracts from seeds of Bixa orellana L. Revista de Ciências Farmacêuticas 10: 41-44.

Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA & Petrovick PR (org) (2003) Farmacognosia: da planta ao me-dicamento. 5 ed. Florianópolis: Ed. da UFSC.

Thompson HJ (1990) Isolation, purification and identification of the hyperglycaemic principle of the annatto (Bixa orellana). Kingston 15: 287.

Publicado:

2006-06-06

Downloads

Como Citar

Silva, C. A. N., Braga, S. F. P., & Silva, A. G. da. (2006). Urucum, Bixa orellana L. (Bixaceae) : um agente importante na regulação de dislipidemias?. Natureza Online, 4(2), 72–76. Recuperado de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/189

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)