Distribuição de enteroparasitos em verduras do comércio alimentício do município de São Mateus, Espírito Santo, Brasil

Autores/as

  • Alline Mikaele Nunes Wildemberg Brauer Universidade Federal do Espírito Santo
  • Janaina Costa da Silva Laboratório Maia
  • Marco Antônio Andrade de Souza Universidade Federal do Espírito Santo

Resumen

O hábito do consumo de verduras cruas representa um dos principais meios de contaminação parasitária. No Brasil, apesar da relevância e atualidade do problema, são poucos os trabalhos avaliando a qualidade das hortaliças consumidas pela população. Com o objetivo de se avaliar a contaminação por enteroparasitos em hortaliças, análises parasitológicas em folhas de alface (Lactuca sativa) e salsa (Petrosolium sativum) foram realizadas em estabelecimentos comerciais do município de São Mateus, Espírito Santo, Brasil. As amostras de alface e salsa foram coletadas em dez estabelecimentos populares como supermercados, mercados e feiras livres. O material obtido, após lavagem das hortaliças, foi analisado pelo método de sedimentação espontânea no Laboratório de Análises Clínicas do Centro Universitário Norte do Espírito Santo, da Universidade Federal do Espírito Santo. Das 38 amostras analisadas 33 (86,85%) estavam contaminadas, sendo o Balantidium coli o parasito mais encontrado, seguido de Ancylostoma sp. e Ascaris sp. As altas contaminações por enteroparasitos observadas no presente estudo demonstram baixa qualidade higiênico-sanitária nas hortaliças e ressaltam a importância de medidas voltadas à melhorias na produção, transporte, armazenamento e manipulação das verduras, a fim garantir uma melhor qualidade de vida dos consumidores.

Palabras clave:

enteroparasitos, verduras, contaminação

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Alline Mikaele Nunes Wildemberg Brauer, Universidade Federal do Espírito Santo

Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas.

Janaina Costa da Silva, Laboratório Maia

Laboratório Maia.

Marco Antônio Andrade de Souza, Universidade Federal do Espírito Santo

Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, Departamento de Ciências da Saúde, campus São Mateus.

Citas

ANVISA (1978). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – CNNPA nº 12, de 1978. D. O. de 24/07/1978. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_78_hortalicas.htm>. Acesso em: 18 de outubro de 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde (2010). Manual Integrado de Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças Transmitidas por Alimentos. Brasília. MS.

Busato MA, Dondoni DZ, Rinaldi ALS, Ferraz L (2015). Parasitoses intestinais: o que a comunidade sabe sobre este tema? Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 10:1-6.

Cantos GA, Soares B, Meliska C, Gick D (2004). Estruturas Parasitárias Encontradas em Hortaliças Comercializadas em Florianópolis, Santa Catarina. Revista NewsLab 66: 154- 163.

Capuano DM, Lazzarini MT, Júnior EG, Takayanagui OM (2008). Enteroparasitoses em manipuladores de alimentos do município de Ribeirão Preto-SP, Brasil, 2000. Revista Brasileira de Epidemiologia 11(4): 687-695.

Coelho LMPS, Oliveira SM, Milman MHSA, karasawa KA, Santos RP (2001). Detecção de formas transmissíveis de enteroparasitas na água e nas hortaliças consumidas em comunidades escolares em Sorocaba, São Paulo, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 34(5): 479-482.

EMBRAPA/SEBRAE (2010). Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Catálogo brasileiro de hortaliças: saiba como plantar e aproveitar 50 das espécies mais comercializadas no País, Brasília.

Esteves FAM, Figueirôa EO (2009). Detecção de enteroparasitas em hortaliças comercializadas em feiras livre do município de Caruaru (PE). Revista Baiana de Saúde Pública 33(2): 38-47.

Ferro JJB, Costa-Cruz JM, Barcelos ISC (2012). Avaliação parasitológica de alfaces (Lactuca sativa) comercializadas no município de Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil. Revista de Patologia Tropical 41(1): 47-54.

Guilherme ALF, Araújo SM, Falavigna DLM, Pupulim ART, Dias MLGG, Oliveira HS, Maroco E, Fukushigue Y (1999). Prevalência de enteroparasitas em horticultores e hortaliças da feira do produtor de Maringá, Paraná. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 32(4): 405- 411.

Guimarães AM, Alves EGL, Figueiredo HCP, Costa GM, Rodrigues LS (2003). Frequência de enteroparasitas em amostras de alface (Lactuca sativa) comercializadas em Lavras, Minas Gerais. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 36(5): 621-623.

Hoffman WA, Pons JA, Janer JL (1934). The sedimentation concentration method in Schistosomiasis mansoni. Puerto Rico Journal of Public Health 9: 281-289.

Markell EK, John DT, Krotoski WA. (2003). Medical Parasitology. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan.

Marzochi MCAA (1977). Estudos dos fatores envolvidos na disseminação dos enteroparasitas. II - Estudo da contaminação de verduras e solo de hortas na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 19(1): 148-155.

Melo ACFL, Furtado LFV, Ferro TC, Bezerra KC, Costa DCA, Costa LA, Silva LR (2011). Contaminação parasitária de alfaces e sua relação com enteroparasitoses em manipuladores de alimentos. Revista Trópica – Ciências Agrárias e Biológicas 5: 47-52.

Mesquita DR, Silva JP, Monte ND, Sousa RLT, Silva RVS, Oliveira SS, Leal ARS, Freire SM (2015). Ocorrência de parasitos em alface-crespa (Lactuca sativa L.) em hortas comunitárias de Teresina, Piauí, Brasil. Revista de Patologia Tropical 44(1): 67-76.

Montanher CC, Coradin DC, Fontoura-da-Silva SE (2007). Avaliação parasitológica em alfaces (Lactuca sativa) comercializadas em restaurantes self-service por quilo, na cidade de Curitiba, Paraná, Brasil. Revista Estudos de Biologia 29(66): 63-71.

Moreira AS, Silva RA (2014). Anemia ferropriva em portadores de anemia falciforme: a importância de se avaliar o estado nutricional de ferro. Revista de Ciências Médicas e Biológicas 13(2): 236-241.

Neves DP, Melo AL, Linardi PM, Vitor RWA (2011). Parasitologia Humana. São Paulo. Atheneu.

Osaki SC, Moura AB, Zulpo DL, Calderon FF (2010). Enteroparasitas em alfaces (Lactuca sativa) comercializadas na cidade de Guarapuava (PR). Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais 6: 89-96.

Resende FV, Saminêz TCO, Vidal MC, Souza RB, Clemente FMV (2007). Cultivo de alface em sistema orgânico de produção. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Circular técnica 56: 2-16.

Rocha A, Mendes RA, Barbosa CS. Strongyloides spp. e outros parasitos encontrados em alfaces (Lactuca sativa) comercializados na cidade de Recife, PE (2008). Revista de Patologia Tropical 37: 151-160.

Rey L (2002). Balantidíase e outros protozooses, as teníases, amebas parasitas do homem. In Rey L (Org) Parasitologia Médica. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, pp 80-81, 148- 149, 204.

Silva MG, Gontijo EEL (2012). Avaliação parasitológica de alfaces (Lactuca satiiva) comercializadas em supermercados e feiras livres do município de gurupi, Tocantins. Revista Científica do ITPAC 5(4), Pub.6.

Takayanagui OM, Febrônio LHP, Bergamini AM, Okino MHT, Silva AAMC, Santiago R, Capuano DM, Oliveira MA, Takayanagui AMM (2000). Fiscalização de hortas produtoras de verduras do município de Ribeirão Preto, SP. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 33(2): 169-174.

Vollkopf PCP, Lopes FMR, Navarro IT. Ocorrência de enteroparasitos em amostras de alface (Lactuca sativa) comercializadas em Porto Murtinho - MS (2006). Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR 9: 37-40.

Cómo citar

Brauer, A. M. N. W., Silva, J. C. da, & Souza, M. A. A. de. (2016). Distribuição de enteroparasitos em verduras do comércio alimentício do município de São Mateus, Espírito Santo, Brasil. Natureza Online, 14(1), 56–60. Recuperado a partir de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/97

Artículos más leídos del mismo autor/a