Caracterização de comunidades de Orchidaceae em fragmentos de Floresta Ombrófila Densa Montana, em diferentes estágios de regeneração em Santa Teresa, Espírito Santo, Brasil
Characterization of Orchidaceae Assemblages in Atlantic Montane Forest at Different Regeneration Stages in Santa Teresa, Espírito Santo, Brazil
Resumen
O objetivo deste estudo foi testar a associação entre idade de regeneração de fragmentos de floresta ombrófila densa montana (no município de Santa Teresa, ES) e: (1) aumento de diversidade na comunidade de Orchidaceae e (2) mudanças em grupos ecológicos associadas a substrato e síndromes de polinização. Testou-se, também, a hipótese de que a comunidade de Orchidaceae dos fragmentos com menor idade de regeneração constitui-se em subgrupos florísticos dos fragmentos com regeneração mais avançada. Embora, neste estudo, alguns padrões não apresentem comprovação estatística, existe uma tendência clara para a proposição das seguintes hipóteses: (1) o avanço nos estágios de regeneração, relacionado diretamente com a complexidade da estrutura e da diversidade dos componentes arbóreo-arbustivos, traz como conseqüência um aumento na diversidade e abundância das Orchidaceae caracterizadas como epífitas de dossel e/ou com polinização mediada por abelhas especialistas; (2) a baixa diversidade e baixa abundância de espécies polinizadas por agentes especilistas, denotam a baixa resiliência da comunidade de Orquidaceae quando comparada à da comunidade arbórea; e (3) orquídeas epífitas com síndromes de polinização por grandes abelhas (Centris e Xylocopa), podem ser indicadoras de ambientes florestais maduros e complexos.
Palabras clave:
Descargas
Citas
Atmar W & Patterson BD (1993) Measure of order and disorder in the distribution of species in fragmented habitat. Oecologia 96:373-382.
Atmar W & Patterson BD (1995) The nestedness temperature calculator: visual basic program, including 294 presence-absence matrices. AICS Research, Inc., University Park, NM and The Field Museum, Chicago. IL.
Bawa KS (1990) Plant-pollinator interactions in tropical rain forest. Annual Revwiel Ecology and Systamatics 2: 399-422.
Dressler RL (1981) The Orchids: natural history and classification. Harvard University.
Dressler RL (1993) Phylogeny and classification of the orchid family. Portland: Dioscorides Press.
Endress PK (1994) Diversity and evolutionary biology of tropical flowers. Cambridge: Cambridge University Press.
Estado do Espírito Santo (1978) Cobertura Florestal: pesquisa de fotografias aéreas no estado do Espírito Santo. Vitória: Secretaria de Estado da Agricultura - Comissão Estadual de Planejamento.
Ingrouille M (1995) Diversidade and evolution of land plants. 3 ed. London: Chapman & Hall.
Joly BA (2002) Botânica: Introdução à taxonomia vegetal. São Paulo: Nacional.
Feinsenger P, Beach JH, Linhart YB, Busby WH & Murray KG (1987) Disturbance, pollination predictabilidade, and pollinatioon success among costa rican cloud forest plants. Ecology 68(5): 1294-1305.
Fonseca GAB (1985) The vanishing Brazilian Atlantic forest. Biological Conservation 34: 17-34.
Hoehne FC (1940) Orchidaceae. In: Flora Brasilica. Vol 12 (1): 1-254.
Hoehne FC (1942) Orchidaceae. In: Flora Brasilica. Vol 12 (6): 1-218.
Hoehne FC (1945) Orchidaceae. In: Flora Brasilica. Vol 12 (2): 1-389.
Hoehne FC (1953) Orchidaceae. In: Flora Brasilica. Vol 12 (7): 1-397.
Huston MA (1994) Biological Diversity. New York: Cambridge University Press..
Krebs CJ (1989) Ecological Metodology. New York: Library Congress,
Margalef R (1995) Ecologia. 8 ed. Barcelona: Ediciones Omega, 951p .
Mendes SL & Pandovan MP (2000) A Estação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa, Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia. Mello Leitão, (Nova série) 11/12: 7-34.
Menezes LC (2000) Orquídeas, gênero Cyrtopodium: espécies brasileiras. Brasília: IBAMA.
Opler PA, Baker HG & Frankie GW (1980) Plant reprodutive caracteristics during secondary succession in neotropical lowland forest ecosystems. Biotropica (Supl.)12: 40-46.
Parrish JAD & Bazzaz FA (1979) Difference in pollination niche relationships in early and late succesional plant communities. Ecology 60 (3):.597-610.
Pianka ER (2000) Evolutionary ecology. 6 ed. San Francisco: Benjamin/Cummings, 431 p.
Piratelli AJ, Pinã-Rodrigues FCM, Gandara FB, Santos ENG & Costa LGS (1998) Biologia da polinização de Jacaratia spinosa (AUBL.) ADC. (Caricaceae) em mata decidual do sudeste brasileiro. Revista Brasileira de Biologia, v.58, n.4, nov. Disponível em . Acesso em 28/10/2002.
Proctor M, YEO P & LACK A (1996) The Natural History of Pollination. Portland: Timber Press, 479 p.
Ruschi A (1986) Orquídeas do Espírito Santo. 2 ed. Rio de Janeiro: EXPED.
Silva FS & Rebêlo JMM (2002) Population dynamics of Euglossinae bees (Hymenopera, Apidae) in an early second-growth forest of cajual island, in the state of Maranhão, Brazil. Revista Brasileira de Biologia 62 (1): 15-23.
S.O.S. Mata Atlântica & INPE (1998) Atlas da Evolução dos Remanescentes Florestais e Ecossistemas Associados do Domínio da Mata Atlântica no Período de 1990-1995. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica & Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Sokal RR & Rohlf FG (1995) Biometry. New York: W.H. Freeman and Company.
Tabacow J (1992) Proposta de zoneamento ambiental para o município de Santa Teresa. 1992. Monografia de Especialização, Departamento de Ecologia. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo.
STATSOFT INC (1995) Statistica for Windons. Tulsa, Oklahoma.
Tabarelli M & Mantovani W (1999) A regeneração de uma floresta tropical montana após corte e queima (São Paulo – Brasil). Revista Brasileira de Biologia. 59(2): 239-250.
Veloso HP, Rangel-Filho ALR & Lima JCA (1991) Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE.
Zar JH (1996) Biostatistical analysis. 3 ed. New Jersey: Prentice Hall.
Cómo citar
Licencia
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.