O milho (Zea mays L.) como bioindicador de solo impactado por Al2 (SO4 )3
Resumen
O milho (Zea mays L.) é uma gramínea muito difundida no Brasil e, entre todos os cultivares, é a que desperta maior interesse econômico no país. O alumínio (Al3+) é um dos metais que reduzem o crescimento do vegetal, além de ser responsável por alterações fisiológicas e metabólicas. O presente estudo foi desenvolvido com plântulas, de aproximadamente 5 cm de comprimento, expostas à água (controle); e às soluções 15 mg.L-1 e 25 mg.L-1 de Al2 (SO4)3. As regas ocorreram diariamente, em volume suficiente para manter o solo úmido sem perda aparente do líquido no fundo do vaso, e foram interrompidas no 35O dia. Durante os 20 dias seguintes, os vegetais foram regados com água corrente. Durante o período experimental, correspondente a: 96 horas, 15, 25, 35, 45 e 55 dias, amostras foliares do segundo par do ramo plagiotrópico foram utilizadas para extração da Fosfatase Ácida (ACP) e ao mesmo tempo, foram realizadas a biometria do caule e determinação do peso seco das raízes. A fosfatase ácida foi inibida em ambos os tratamentos, com resposta significativa após o 25O dia (p≤0.05). A atividade enzimática foi parcialmente recuperada após suspensão do tratamento, quando comparada ao controle. O comprimento do caule não apresentou diferença significativa entre os tratamentos ao longo de toda a fase experimental. O peso das raízes expostas ao alumínio foi significantemente menor quando comparados ao controle. Provavelmente, essa redução foi resultado do menor crescimento do sistema radicular fasciculado o que leva à deficiência no processo de absorção de nutrientes. Esses resultados permitem concluir que um solo impactado com sais de alumínio pode interferir no metabolismo, no processo absortivo do vegetal e, conseqüentemente, na produção vegetal.
Palabras clave:
Descargas
Citas
Barred AJ (1972) Lysosomal enzymes. A Laboratory Handbook. Amsterdam, North-Holland, pp 46-135.
Bevilaqua GA, Schiedeck G, Schwengber JE. Identificação e tecnologia de plantas medicinais da flora de clima temperado. Circular Técnica, 61 [On line]. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2007. Disponível em: http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/circulares/Circular_61.pdf. Acesso em : 26/10/2011.
Caires EF, Banzatto DA, Fonseca AF (2000) Calagem na superfície em sistema de plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo 24: 161-169.
Echart CL, Molina SC (2001) Fitotoxicidade do alumínio: efeitos, mecanismo de tolerância e seu controle genético. Ciência Rural .31: 531-541.
Freitas FA, Kopp MM, Souza RO, Zimmer PD, Carvalho FIF, Oliveira AC (2006) Absorção de P, Mg, Ca e K e tolerância de genótipos de arroz submetidos a estresse por alumínio em sistemas hidropônicos. Ciência Rural 36: 72-79.
Fancelli AL (2003) Fisiologia, nutrição e adubação do milho para alto rendimento. Departamento de Produção Vegetal Piracicaba, ESALQ/USP.
Gunary D, Sutton CD (1967) Soil factors affecting plant uptake of phosphate. The Journal of Soil Science 18: 167-173.
Lowry OH, Rosebrough NJ, Farr AL, Randall RJ Protein (1951) Measurement with the Folin Phenol Reagent. The Journal of Biological Chemistry 193: 265-275.
Machado PLOA (1997) Considerações Gerais sobre a Toxicidade do Alumínio nas Plantas. Embrapa documento nº 2.
Oliveira LEM (1979) Crescimento e comportamento nutricional de cultivares de mandioca (Manihot esculenta, Grantz), submetidos a níveis de alumínio. Dissertação de Mestrado: Viçosa, Universidade Federal de Viçosa.
Perez SCJGA, Prado CHBA (1993) Efeitos de diferentes tratamentos pré- germinativos e da concentração de alumínio no processo germinativo de sementes de Copaifera langsdorffii desf. Revista Brasileira de Sementes 15: 115-118.
Rodrigues CR, Faquin V, Trevisan D, Pinto JEBP, Bertolucci SKV, Rodrigues TM (2004) Nutrição mineral, crescimento e teor de óleo essencial da menta em solução nutritiva sob diferentes concentrações de fósforo e épocas de coleta. Horticultura Brasileira 22: 573-578.
Salvador JO, Moreira A, Malavolta E, Cabral CP (2000) Influências do alumínio no crescimento e na acumulação de nutrientes em mudas de goiabeira. Revista Brasileira de Ciências do Solo 24:787-796.
Sampaio LR, Severino LS, Leão AB, Sofiatti V, Beltrão NEM, Freire MAO, Silva DMA (2007) Teores de nutrientes em folhas de genótipos de mamoneira cultivados em solo com alto teor de alumínio. In: II Congresso da rede brasileira de tecnologia de biodiesel, Brasília.
Scheffer-Basso SM, Agnol MD, Caetano JHS, Jacques AVA (2000) Crescimento de plântulas de Adesmia spp. submetidas a doses de alumínio em solução nutritiva. Ciência Rural 30: 217-222.
Tsutiya MT (1999) Metais pesados: o principal fator limitante para o uso agrícola de biossólidos das estações de tratamento de esgotos. In: Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Rio de Janeiro: ABES, 1999b. p.753-761.
Cómo citar
Licencia
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.