Uma visão panorâmica sobre os solos das restingas e seu papel na definição de comunidades vegetais nas planícies costeiras do sudeste do Brasil
Resumen
Em muitas regiões da costa brasileira a restinga está presente, sendo caracterizada por uma planície baixa com suaves ondulações. A topografia é um fator importante deste ecossistema influenciando a distribuição da sua vegetação ao longo da costa. As restingas se destacam pelas grandes áreas que ocupam e pela formação de um ecossistema que possui íntima relação com o mar. As planícies arenosas constituem o substrato para várias comunidades vegetais que estão associadas à geomorfologia e apresentam adaptação às condições físicas e ambientais. Tendo em vista o risco gerado pela especulação imobiliária e pela extração ilegal de areia e ouros fatores que podem gerar perda de diversidade e a alterações na dinâmica dos processos ambientais que envolvem a sua manutenção da vegetação local foi realizada neste estudo uma caracterização geral dos fatores abióticos que influenciam as formações vegetais nas áreas de restinga. Esperasse com essas informações sintetizar um pouco do conhecimento referente à atuação dos fatores abióticos sobre as formações florísticas nas áreas de restinga, de modo a auxiliar na justificativa para o desenvolvimento de projetos que visem uma maior preservação de áreas de restinga visando à manutenção de suas características naturais assim como dos fatores abióticos responsáveis por seu desenvolvimento.
Palabras clave:
Descargas
Citas
Assis, AM, Pereira OJ, Thomaz, LD (2004). Fitossociologia de uma floresta de restinga no Parque Estadual Paulo César Vinha, Setiba, município de Guarapari. Revista Brasileira de Botânica 27: 349-361.
Assis AM, Thomaz LD, Pereira OJ (2004) Florística de um trecho de floresta de restinga no município de Guarapari, Espírito Santo, Brasil. Acta Botânica 18: 191-201.
Assumpção J, Nascimento MT (2000). Estrutura e Composição florística de quatro formações vegetais no complexo lagunar Grussaí/ Iquipari, São João da Barra, EJ, Brasil. Acta Botânica 14(3), 301-315.
Barcelos MEF, Riguete JR, Silva LTP, Silva AG, Ferreira Jr PD (2011) Influência do solo e do lençol freático na distribuição das formações florísticas nas areias reliquiares do Parque Estadual Paulo César Vinha, ES, Brasil. Natureza on line 9: 134-143.
Bigarella JJ (1946). Contribuição ao estudo da Planície Litorânea do Estado do Paraná. Brazilian Archives of Biology and Technology 1, 65-110.
Carvalho LC, Freitas AFN, Rocha CFD, Sluys MV (2001). Variação na estrutura e na composição de Bromeliaceae em cinco zonas de restinga no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ. Revista Brasileira de Botânica 24(1),1-9.
Cordeiro SZ (2005). Composição e distribuição da vegetação herbácea em três áreas com fisionomias distintas na Praia do Peró, Cabo Frio, EJ, Brasil. Acta Botânica 19(4), 679-693.
Fiorucci AR, Filho BE (2008). A importância do Oxigênio Dissolvido em ecossistemas Aquáticos. Química e Sociedade. http://www.gaslab.uems.br/pdf/rogerio/qsoc1_OD.pdf >.
Gomes JBV, Resende M, Rezende SB, Mendonça ES (1998). Solos de Três áreas de Restinga. I Morfologia, caracterização e classificação. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Viçosa (UFV ), Viçosa.
Guedes D, Barbosa LM, Mertins SE (2006). Composição florística e estrutura fitossociológica de dois fragmentos de floresta de restinga no Município de Bertioga, SP, Brasil. Acta Botânica 20(2), 299-311.
Guerra, AJT, Cunha AB (2001). Geomorfologia, uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro. Ed. Bertrand Brasil.
Kiehl JE (1979). Manual de Edafologia: Relações solo-planta. São Paulo, Ed. Agronômica CERES.
Matos AT (1997). Física do Solo. Centro de Ciências e Tecnologia Agropecuárias. UENF/CCTA.
Müller SC, Waecther JL (2001). Estrutura Sinusial dos componentes herbáceo e arbustivo de uma floresta costeira subtropical. Revista Brasileira de Botânica 24(4), 395-406.
Pereira MCA, Cordeiro SZ, Araújo DSD (2004). Estrutura do estrato herbáceo na formação aberta de Clusia do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, RJ, Brasil. Acta Botânica 18(3), 677-687.
Pereira MCA, Araújo DSD, Pereira OJ (2001). Estrutura de uma comunidade arbustiva da restinga de Barra de Marica-RJ. Revista Brasileira de Botânica 24(3), 237-281.
Pereira OJ, Zambom O (1998). Composição florística da restinga de interlagos, Vila Velha (ES). In: ACIESP (org) Simpósio de Ecossistemas Brasileiros Águas de Lindóia, São Paulo.
Pereira OJ, Araújo DSD (1995). Estrutura da vegetação de entre moitas da formação aberta de ericaceae no Parque Estadual de Setiba, ES. Oecologia Brasiliensis 1, 245-257.
Pillar VP (2008). Clima e Vegetação. UFGRS. Departamento de botânica. 1995. http://ecoqua.ecologia.ufgrs.br.
Pires LA (2006). Ecofisiologia de Espécies Ocorrentes em uma floresta de Restinga. Universidade Estadual Paulista. Tese de doutorado, São Paulo.
Popp JH (2002). Geologia geral. Ed. Livros Técnicos e Científicos S.A.
Primavesai A (1999). Agricultura em regiões tropicais, manejo ecológico do solo. São Paulo, ed. Nobel.
Scherer A, Silva FM, Baptista LRM (2005). Florística e estrutura do componente arbóreo de matas de Restinga arenosa no Parque Estadual de Itapuã, RS, Brasil. Acta Botânica 19(4) 717-726.
Silva SM (1999). Diagnóstico das Restingas no Brasil. Departamento de botânica-setor de ciências biológicas. Universidade Federal do Paraná.
Sonehara JS (2005). Aspectos florísticos e fitrossociológicos de um trecho de vegetação de restinga no Parque Estadual do Rio da Onça – Martinhos, PR. Tese deMestrado em Botânica -Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Souza CRG, Suguio K, Oliveira MAS, Oliveira PE (2005). Quaternário do Brasil. Ed. Holos, Ribeirão Preto, SP.
Suguio K, Martin L (1990). Geomorfologia das Restingas. In: II Simpósio de Ecossistema da Costa Sul e Sudeste Brasileiro: Estrutura, função e manejo. Águas de Lindóia, ACIESP (org.), 1987, v.3, p.185-205, 1990.
Thomaz LD, Monteiro R (1993). Análise florística da comunidade halófila- psamófila das praias do Estado do Espírito Santo. In: 3º Simpósio de Ecossistemas da Costa Brasileira, ACIESP.
Cómo citar
Licencia
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.