Polinização e dispersão de sementes de Dyssochroma viridiflora (Sims) Miers (Solanaceae) por morcegos no Parque Nacional da Tijuca, um remanescente de Floresta Atlântica no Sudeste do Brasil

Autores/as

  • Fábio C Verçoza Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Gustavo Martinelli Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
  • José Fernando A Baumgratz Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
  • Carlos Eduardo L Esbérard Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Resumen

A polinização e a dispersão de sementes de Dyssochroma viridiflora (Sims) Miers (Solanaceae) foram estudadas no Parque Nacional da Tijuca, um remanescente de Floresta Atlântica na cidade do Rio de Janeiro, durante o período de janeiro de 2001 a fevereiro de 2003. Esta planta apresenta hábito hemiepifítico, flores de cor verde, pêndulas, com antese noturna e polinizadas por Anoura caudifer (É Geoffroy, 1818) (Phyllostomidae). O sistema reprodutivo de D. viridiflora é por polinização cruzada e feito pelo morcego A. caudifer. Os frutos maduros são consumidos pelas espécies de morcegos Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) (Phyllostomidae) e Sturnira lilium (É. Geofroy, 1810) (Phyllostomidae), ambas atuando como dispersores de sementes.

Palabras clave:

Floresta Atlântica, quiropterocoria, quiropterofilia, Phyllostomidae

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Fábio C Verçoza, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Botânica), Museu Nacional, UFRJ.

Gustavo Martinelli, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Diretoria de Pesquisa Científica.

José Fernando A Baumgratz, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Diretoria de Pesquisa Científica; Bolsista de Produtividade, CNPq.

Carlos Eduardo L Esbérard, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Laboratório de Diversidade de Morcegos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Citas

Baker HG, Harris BJ (1957) The pollination of Parkia by bats and its attendant evolutionary problems. Evolution 11: 449-460.

Bergallo HG (1990) Biologia floral e polinização de Bauhinia bongardii Steud na Serra dos Carajás, Paraná. Revista Brasileira de Biologia 50: 401-405.

Butanda-Cervera A, Vazquez-Yanes C, Trejol L (1978) La polinización quiropterófila: uma revisión bibliográfica. Biótica 3: 29-35.

Buzato S, Franco ALM (1992) Tetrastylis ovalis: a second case of bat-pollinate passiflower (Passifloraceae). Plant Systematics and Evolution 181: 261-267.

Charles-Dominique P (1986) Inter-relations between frugivorous vertebrates and pioneer plants: Cecropia, birds and bats in French Guyana. In Estrada A, Fleming TH (eds). Frugivores and seed dispersal.Dordrecht, W. Kluwer Academic Publishers, pp. 119-135.

Coelho-Neto AL (1992) O Geoecossistema da Floresta da Tijuca. In Abreu MA (ed). Natureza e Sociedade no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Biblioteca Carioca. Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte, pp. 104-142.

Cruz-Neto AP, Garland-Júnior T, Abe AS (2001) Diet, phylogeny, and basal metabolic rate in phyllostomid bats. Zoolog y 104: 49–58.

Emmons LH, Feer F (1997) Neotropical rainforest mammals: a field guide. Chicago, The University of Chicago Press.

Endress PK (1994) Diversity and evolution biolog y of tropical flowers. Cambridge, Cambridge University Press.

Fábian ME, Rui AM, Waechter JL (2008) Plantas utilizadas como alimento por morcegos (Chiroptera, Phyllostomidae) no Brasil. In: Reis NR, Peracchi AL, Santos GASD (eds). Ecologia de Morcegos. Londrina, Technical Books Editora, pp. 51-70.

Faegri K, Van der Pijl (1979) The principles of pollination ecolog y. 3 ed. London, Pergamon Press. London.

Galetti M, Pizo MA, Morellato LP (2003) Fenologia, frugivoria e dispersão de sementes. In Cullen L, Valladares-Padua C, Rudran R (eds). Métodos de estudos em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba, Ed. da UFPR, pp. 395-422.

Gardner AL (1977) Feeding bats. In Baker RJ., Jones JK, Carter KC (Eds). Biolog y of bats of New Words family Phyllostomatidae. Part. III. Texas, Especial Publications Museum Texas Technical University, pp. 293-350.

Gorchov DL, Cornejo F, Ascorra C, Jaramillo M. (1993) The role of seed dispersal in the natural regeneration of rain forest after strip-cutting in the Peruvian Amazon. In Fleming TH, Estrada A (eds). Frugivory and seed dispersal: ecological and evolutionary aspects. Dordrecht, W. Kluwer Academic Publishers, pp. 339-349.

Hunziker AT (2001) Genera Solanacearum. Verlag, Germany.

Inouye DW, Favre ND, Lanum JA, Levin DM, Myers JB, Roberts MS, Tsao FC, Wang YY (1980) The effect of non-sugar nectar constituents on estimates of nectar energy content. Ecolog y 61: 992-995.

Lemke TO (1985) Pollen carrying by the nectar-feeding bat Glossophaga soricina in suburban environment. Biotropica 17(2): 107-111.

Lloyd DG, Schoen DJ (1992) Self and cross-fertilization in plants. I – Functional dimensions. International Jounal of Plant Science 153: 358-369.

Locatelli E, Machado ICS, Medeiros P (1997). Floral biology and pollination in Pilosocereus catingicola (Cactaceae) in Northeastern Brazil. Bradleya 15: 28-34.

Machado ICS, Sazima I, Sazima M (1998) Bat pollination of the terrestrial herb Irlbachia alata (Gentianaceae) in northeastern Brazil. Plant Systematics and Evolution 209: 231-237.

Marinho-Filho JS, Sazima I (1998) Brazilian bats and conservation biology: a first survey. In Kunz TH, Racey PA (Eds). Bat Biolog y and Conservation. Washington, Smithsonian Institute, pp. 282-294.

Mosley HN (1879) Notes by a naturalist on the challenger. London, Macmillan.

Newstron LE, Frankie GW, Baker HG (1994) A new classification for plant phenology based on flowering patterns in lowland tropical rain forest trees at La Selva, Costa Rica. Biotropica 26: 141-159.

Oprea M, Aguliar LMS, Wilson DE (2009). Anoura caudifer (Chiroptera: Phyllostomidae). Mammalian Species 844: 1-8.

Passos FC, Silva WR, Pedro WA, Bonin MR (2003) Frugivoria em morcegos (Mammalia: Chiroptera) no Parque Estadual de Intervales, sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 20: 511-517.

Pinto D, Ortêncio-Filho H (2006) Dieta de quatro espécies de filostomídeos frugívoros (Chiroptera, Mammalia) do Parque Estadual do Cinturão Verde de Cianorte, Paraná, Brasil. Chiroptera Neotropical 12: 274-279.

Porch O (1931) Crescentia – eine fledermausblume. Oesterreichische Botanische Zeitschrift 84: 219-254.

Sazima I, Vogel S, Sazima M (1989) Bat pollination of Echolirium glaziovii a terrestrial bromeliad. Plant Systematics and Evolution 168: 167-179.

Sazima M, Buzato S, Sazima I (2003) Dyssochroma viridiflorum (Solanaceae), a reproductively bat-dependent, epiphyte from the Atlantic Rainforest in Brazil. Annals of Botany 92: 725-730.

Sazima M, Fabian ME, Sazima I (1982) Polinização de Luehea speciosa (Tiliaceae) por Glossophaga soricina (Chiroptera, Phyllostomidae). Revista Brasileira de Biologia 42: 5050-513.

Sazima M, Sazima I (1975) Quiropterofilia em Lafoensia pacari St.-Hill. (Lythraceae), na Serra do Cipó, Minas Gerais. Ciência & Cultura 27: 405-416.

Sazima M, Sazima I (1978) Bat pollination of the passion flower, Passiflora mucronata, in Southeaster Brazil. Biotropica 10(2): 100-109.

Sazima M, Sazima I (1980) Bat visit to Marcgravia myriostigma Tr. et Planch. (Marcgraviaceae) in Southeastern Brazil. Flora 169: 84-88.

Sazima M, Sazima I, Buzato S (1994) Nectar by day and night: Siphocampylus sulfureus (Lobeliaceae) pollinated by hummingbird and bats. Plant Systematics and Evolution 191: 237-246.

Sekercioglu CH (2006) Increasing awareness of avian ecological function. Trends in Ecolog y and Evolution 21: 464–471.

Silva SSP, Perachi AL, Aragão AO (1997) Visita de Glossophaga soricina Pallas às flores de Bauhinia cupulata Benth (Leguminosae, Caesalpinioideae). Revista Brasileira de Biologia 57: 89-92.

Ururahy JCC, Collares JER, Santos MM, Barreto RAA (1983). Folhas SF.23/24 Rio de Janeiro/Vitória; geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. In Projeto RADAMBRASIL. As regiões fitoecológicas, sua natureza e seus recursos econômicos. Estudo fitogeográfico. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro.

Van der Pijl L (1936) Fledermäuse und blumen. Flora 31: 1-40.

Van der Pijl L (1941) Houtbij-blomen bij Costus, Bauhinia, Centrosema en Thumbergia. Tropische Natuur 30: 5-14.

Van der Pijl L (1956) Remarks on pollination by bats in the genera Freycinetia, Duabanga and Haplophragma ando n chiropterphily in general. Acta Botanica Neerlandica 5: 135-144.

Van der Pijl L (1982) Principles of seed dispersal in higler plants. Springer-Verlag. 215p.

Vogel S (1957) Fledermaushblumen in Sudamerica. Oesterreichische Botanische Zeitschrift 104: 491-530.

Vogel S (1968) Fledermaushblumen in Sudamerica. Oesterreichische Botanische Zeitschrift 104(4/5): 491-530.

Vogel S (1969) Dufd in Dienste der Bestanbung: uber brau funkition der osmophoren. Abhndlugen Mathematischnatur Wissenschapt liche Klasse Academie Wissenachaften 10: 601-763.

Voss R, Turner M, Inouye R, Fischer M, Cost R (1980) Floral biology of Markea neurantha Hemsley, a bat pollinated epiphyte. American Midland Naturalist 103: 262-268.

Vol. 10 Núm. 1 (2012)

Publicado:

2012-01-01

Descargas

Cómo citar

Verçoza, F. C., Martinelli, G., Baumgratz, J. F. A., & Esbérard, C. E. L. (2012). Polinização e dispersão de sementes de Dyssochroma viridiflora (Sims) Miers (Solanaceae) por morcegos no Parque Nacional da Tijuca, um remanescente de Floresta Atlântica no Sudeste do Brasil. Natureza Online, 10(1), 7–11. Recuperado a partir de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/286

Licencia

Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.