Causa de óbitos de tartarugas marinhas das praias de Aracruz - ES, Brasil.

Autores/as

  • Flavia da Penha Gomes de Assis Escola Superior São Francisco de Assis
  • Sílvia Ramira Lopes Caldara Escola Superior São Francisco de Assis

Resumen

No Brasil ocorrem cinco espécies de tartarugas marinhas, Lepidochelys olivacea, Caretta caretta, Chelonia mydas, Dermochelys coriácea e Eretmochelys imbricata. Todas elas têm registros de ocorrência para o litoral do Espírito Santo, com destaque para Regência, município de Linhares e Aracruz, sendo que este é esporadicamente utilizado como ponto de desova. Moradores desse munícipio relataram um aumento no número de animais mortos na região. A principal ameaça a populações de tartarugas marinhas são atividades pesqueira e a poluição dos mares. A fim de se investigar a causa de óbito desses animais 23 laudos de óbitos foram analisados. Como resultado apontou-se que C. mydas é a espécie com maior registro de óbito. A análise do conteúdo estomacal desses animais não indicou presença de algum material que justificasse a morte, mas sim resíduos de peixes e algas, esperados numa dieta saudável. Entretanto a maioria dos animais mortos apresentava parasitos e indícios de caquexia, uma síndrome comum em ambientes contaminados com coliformes fecais fato que indica que um dos fatores de ameaça as tartarugas marinhas do município de Aracruz é a contaminação por dejetos de suas praias, que estão entre as 20 praias improprias para banho do litoral capixaba.

Palabras clave:

Aracruz, tartarugas marinhas, morte, contaminação por esgoto

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Biografía del autor/a

Flavia da Penha Gomes de Assis, Escola Superior São Francisco de Assis

Escola Superior São Francisco de Assis – ESFA.

Sílvia Ramira Lopes Caldara, Escola Superior São Francisco de Assis

Escola Superior São Francisco de Assis – ESFA.

Citas

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Cómo citar

Assis, F. da P. G. de, & Caldara, S. R. L. (2016). Causa de óbitos de tartarugas marinhas das praias de Aracruz - ES, Brasil. Natureza Online, 14(2), 8–10. Recuperado a partir de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/114