Diversidade de Mamíferos do Parque Estadual Cachoeira da Fumaça, Alegre, Espírito Santo
Resumo
O estudo da diversidade biológica é essencial para projetos voltados à conservação de espécies. No entanto, dada a dificuldade e tempo para a obtenção desses dados, é essencial desenvolver estratégias mais imediatistas para gerar, armazenar e utilizar dados da biodiversidade como listas locais de espécies e a análise de seus respectivos níveis de ameaça. Este estudo teve como objetivo inventariar a riqueza de mamíferos na Unidade de Conservação Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça (PECF), através de registros diretos e indiretos de pequenos e médios mamíferos não voadores, incluindo registros pretéritos. Para tanto, bancos de dados foram consultados, sendo comparados com outros dois levantamentos ocorridos em 2000 e 2008. Foram relatadas 30 espécies, 15 famílias e 6 ordens, correspondentes a 4,27% das espécies de mamíferos não-voadores do Brasil e 21,73% do estado do Espírito Santo. Destas, três espécies estão ameaçadas de extinção no Brasil e no Espírito Santo (Leopardus pardalis, Leopardus guttulus e Chaetomys subspinosus). Também foram registradas três espécies endêmicas da Mata Atlântica (Didelphis aurita, Callithrix geoffroyi e Chaetomys subspinosus). Além de espécies exótica invasoras (Rattus rattus e Mus musculus). A maioria das espécies do PECF possuem hábito generalista e ocorrem em todos os biomas do Brasil, o que pode indicar um baixo nível de conservação no PECF. No entanto, a presença de espécies ameaçadas e endêmicas faz sua proteção essencial para a manutenção da biodiversidade regional.
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