Estimativa de esgoto e modelagem da autodepuração dos efluentes domésticos lançados no Rio Doce na cidade de Baixo Guandu, ES
Resumen
A expansão da urbanização e a industrialização, consequências da Revolução Industrial, aumentaram progressivamente as pressões sobre os recursos hídricos. O esgoto doméstico da Cidade de Baixo Guandu é lançado diretamente no rio sem nenhum prévio tratamento. Este trabalho tem como objetivo estimar a quantidade de esgoto lançado no rio e avaliar o processo de autodepuração após o lançamento do efluente. Para execução desse trabalho foi feito um levantamento de dados no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) do consumo de água do município dos anos de 2010 até 2015 e modelos matemáticos citados na literatura. Os pesquisadores Streeter e Phelps, em 1925, estabeleceram as bases matemáticas da curva de oxigênio dissolvido em um curso d’água. A estrutura do modelo proposto por eles é clássica dentro da Engenharia Ambiental, servindo de suporte para todos os outros modelos mais sofisticados que se sucederam. Notou-se que a depleção da concentração de OD e o aumento da DBO após o lançamento do efluente doméstico não é tão significativo, devido ao rio possuir vazão suficiente para diluir o esgoto nele lançado. Apesar do intenso despejo de efluentes lançados “in natura” no Rio Doce, o mesmo ainda apresenta uma boa qualidade em suas águas com base nos valores de OD e DBO. Por meio do modelo de Streeter e Phelps, verificou-se que não há um significativo impacto ambiental no Rio Doce causado pelo lançamento de matéria orgânica proveniente de efluentes domésticos de Baixo Guandu em relação ao oxigênio dissolvido.
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