Danos por herbivoria na angiosperma Polygala spectabilis e nas pteridófitas Anemia phyllitidis e Asplenium serratum na Reserva Biológica Duas Bocas, Cariacica, Espírito Santo

Autores/as

  • Celina A Santos Centro Universitário Vila Velha
  • Adriana C Virgens Centro Universitário Vila Velha
  • Ary G Silva Centro Universitário Vila Velha

Resumen

Em pteridófitas, não tem sido evidenciada uma tendência de preservação da superfície de esporófilos, quando comparados aos trofófilos, de maneira similar ao que tem sido demonstrado nos tecidos florais, no que diz respeito à evolução do processo de polinização. As famílias Anemiaceae e Aspleniaceae representam modelos interessantes à verificação de hipóteses desta natureza, pois em Anemiaceae os esporângios se desenvolvem em esporangióforos sem envolver a superfície foliolar, enquanto em Aspleniaceae os esporângios se desenvolvem na face adaxial das lâminas foliares. Este trabalho pretende comparar os danos produzidos por herbivoria em tecidos vegetais envolvidos com a reprodução, tendo como modelos as pétalas das flores e folhas de Polygala spectabilis DC, com os das folhas de Asplenium serratum L. e Anemia phyllitidis (L.) SW, em ambientes microssimpátricos na Reserva Biológica de Duas Bocas - REBIO Duas Bocas. Em cada um dos oito indivíduo de cada espécies três folhas foram coletadas que foram fotografadas e as imagens analisadas no programa ImageTool para determinação da área comprometida com danos por herbivoria. Os resultados obtidos foram avaliados pelos testes de Kruskal-Wallis e a Correlação de Spearman. Testes de mediana foram realizados a posteriori, utilizando o programa Systat 9.0. A área preservada e a área total são praticamente lineares e estão correlacionadas de forma positiva (p=0,949). A área consumida pela herbivoria foi independente do tamanho foliar (p<0,05). Não houve diferenças significaivas nem em áreas foliares totais de A. serratum e A. phyllitidis e nem entre flores de P. spectabilis, que não há diferenças proporcionais (p> 0,05) entre as áreas oferecidas de recursos. Flores de P. spectabilis apresentaram menor área de herbivoria quando comparadas às folhas estéreis de A. phyllitidis e às folhas férteis de A. serratum (p<0,05).

Palabras clave:

herbivoria, samambaias, Mata Atlântica, Brasil

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Celina A Santos, Centro Universitário Vila Velha

Programa de Mestrado em Ecologia de Ecossistemas.

Adriana C Virgens, Centro Universitário Vila Velha

Programa de Mestrado em Ecologia de Ecossistemas.

Ary G Silva, Centro Universitário Vila Velha

Programa de Mestrado em Ecologia de Ecossistemas; Professor Titular IV, bolsista de Produtividade em Pesquisa FUNADESP.

Citas

Balick MJ, Furth DG, Cooper-Driver G (1978) Biochemical and evolutionary aspects of arthropod predation on ferns. Oecologia 35: 55–89.

Barth FG (1985) Insects and flowers; the biology of a partnership. New Jersey: Princeton University Press.

Bianchini E, Santos FAM (2005) Herbivoria foliar em Chrysophyllum gonocarpum (Sapotaceae) no Parque Estadual Mata dos Godoy, Londrina Londrina, Estado do Paraná, Brasil. Acta Scientiarum. 3: 285-290

Coelho VPM, Agra MF, Baracho GS (2008) Flora of Paraíba, Brazil: Polygala L. (Polygalaceae). Revista Acta Botanica Brasilica 22: 225-239.

Coley PD, Aide TM (1991) Comparison of herbivory and plant defenses in temperate and tropical broad-leaved forests. In :Price PW, Lewinsohn TM, Fernandes GW Benson WW (ed) Plant–animal interactions: evolutionary ecology in tropical and temperate regions. New York: JohnWiley & Sons, pp. 25-49.

Dobat K (1985) Blüten und Fledermäusen; Bestäubung durch Fledermäuse und Flughunde [Chiropterophilie]. Frankfurt: Verlag Waldemar Kramer.

Feil JP (1992) Reproductive ecology of dioecious Siparuna (Monimiaceae) in Ecuador; a case of gall midge pollination Journal of the Linnean Society of Botany 110: 171-203.

Figueiredo JB, Salino A (2005). Pteridófitas de quatro Reservas Particulares do Patrimônio Natural ao Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Dissertação de Mestrado. Curso de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG

Findley JS (1993) Bats; a community perspective. Cambridge: Cambridge University Press.

Gottsberger G (1977) Some aspects of beetle pollination in the evolution of flowering plants. In: Kubtzki K (ed.) Flowering plants; evolution and classifications of higher categories. Plant Systematics and Evolution 1: 211-226.

Gottsberger G, Amaral A (1984) Pollination strategies in brazilian Philodendron species. Berichte der Deutschen Botanischen Gesellschaft 97: 391- 410.

Hendrix SD (1980) An evolutionary and ecological perspective of the insect fauna of ferns. American Naturalist 115: 171-196.

Hendrix SD, Marquis RJ (1983) Herbivore damage to three tropical ferns. Biotropica 15: 108-111.

Instituto Estadual do Meio Ambiente (2008) Unidades de Conservação. Reserva Biológica Duas Bocas. [online] http://www.iema.es.gov.br/.

Irvine AK, Armstrong JE (1990) Beetles pollination in tropical forests of Australia. In: Bawa KS, Hadley M (ed) Reproduntive ecolog y of tropical forest plants, Carnforth: Parthenon Press, pp 211-232.

Kersch MF, Leuchtenberger C, Fonseca CR (2003) Efeito da herbivoria foliar em características florais de Ludwigia sp. (Onagraceae). In: II Mostra de Iniciação Científica, São Leopoldo.

Lowman MD (1984). An assessment of techniques for measuring herbivory: is rain forest defoliation more intense than we thought? Biotropica 16: 264-268.

Lowman MD(1985) Insect herbivory in Australian rain forests: is it higher than in the Neotropics? Proceedings of the Ecological Society of Australia 14: 109-119.

Mehltreter K (2010) Interactions of ferns with fungi and animals. In: Mehltreter K, Walker LR, Sharpe JM (ed) Fern ecolog y. New York: Cambridge University Press, pp. 220-254.

Mehltreter K, Bartolomé J. (2003). Herbivory on three tropical fern species of a Mexican cloud forest. In: Chandra S, Srivastava M (ed). Pteridology in the new millennium. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, pp. 375-381.

Mehltreter K, Hülber K, Hietz P (2006) Herbivory on epiphytic ferns of a Mexican cloud forest. Fern Gazette 17: 303-309.

Pellmyr O, Thien LB (1986) Insect reproduction and floral fragrances: keys to the evolution of the angiosperms? Taxon 35: 76-85.

Prance GT (1985) The pollination of amazoniam plants. In: Prance GT & Lovejow TE (ed) Key environments; Amazonia. London: Pergamon Press, pp 39-79.

Oliveira RS (1997) Predação, parasitismo e defesa e flores de Passiflora coccinea (Passifloraceae). In: Ecologia da Floresta Amazonica - Curso de Campo. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, AM.

Raupp MJ, Denno RF (1983) Leaf age as a predictor of herbivore distribution and abundance. In: Denno RF, McClure M S (ed) Variable plants and herbivores in natural and managed systems. New York: Academic Press, pp. 91-124.

Rodrigues LF, Leitão RP, Colpas FT (2008) Efeito da presença de formigas na herbivoria de Passiflora quadriglandulolsa (Passifloraceae). [online] http://www. inpa.gov.br/download/ efa/livro/ 2004

Rothwell GW, Stockey RA (2008) Phylogeny and evolution of ferns: a paleontological perspective. In: Ranker TA, Haufler CH (ed) Biology and evolution of Ferns and Lycophytes. New York: Cambridge University Press, pp. 332-366.

Roubik DW (1989) Ecolog y and natural history of tropical bees. New York: Cambrigde University Press.

SEAMA/PLANAVE (1996) Plano de manejo da Reserva Biológica de Duas Bocas, Relatório Final, Volume 1, Vitória: PLANAVE.

Silva A G, Lutz LV (2004) Sinalização ou atração floral? Uma abordagem química para a polinização. Natureza on line.2: 10-14.

Simpson BB, Neff JL (1983) Evolution and diversity of floral rewards. In: Jones CE, Little RJ (ed). Handbook of experimental pollination. New York: Scientific and Academic Editions, pp142-159.

Smith AR, Pryer KM, Schuettpelz E, Korall P, Schneider H, Wolf PG (2008) Fern classification. In: anker TA, Haufler CH (ed) Biolog y and evolution of Ferns and Lycophytes. New York: Cambridge University Press, pp. 417-467.

WeisAE,CampbellDR(1992)Plantgenotype:avariablefactorininsect-plantinteractions. In: Hunter MD, Ohgushi T., Price PW (ed) Effects of resource distribution on animal-plant interactions San Diego: Academic Press, pp 75-111.

Westerkamp C (1996) Pollen in bee-flowers relations: some xonsiderations on mellitophilly. Botanica Acta 109: 325-332.

Williams-Linera G, Baltazar A (2001) Herbivory on young and mature leaves of one temperate deciduous and two tropical evergreen trees in the understory and canopy of a Mexican cloud forest. Selbyana 22: 213-218.

Winkler M, Hülber K, Mehltreter K, García-Franco J, Hietz P (2005) Herbivory in epiphytic bromeliads, orchids and ferns in a Mexican montane forest. Journal of Tropical Ecolog y 21: 147-154.

Cómo citar

Santos, C. A., Virgens, A. C., & Silva, A. G. (2010). Danos por herbivoria na angiosperma Polygala spectabilis e nas pteridófitas Anemia phyllitidis e Asplenium serratum na Reserva Biológica Duas Bocas, Cariacica, Espírito Santo. Natureza Online, 8(2), 98–102. Recuperado a partir de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/373

Artículos más leídos del mismo autor/a

<< < 1 2 3 4 5 6 7 > >>