Recuperação de testemunhos sedimentares em ambientes lacustres assoreados do complexo de lagos do médio vale do rio Doce, Minas Gerais

Autores/as

  • Clayton Perônico Centro Universitário Vila Velha; Universidade Federal de Ouro Preto
  • Paulo TA Castro Universidade federal de Ouro Preto

Resumen

Foi realizada uma adaptação dos métodos tradicionais utilizados na recuperação de sedimentos de lagoas para a amostragem de testemunhos em ambientes lacustres assoreados encontrados no vale do médio rio Doce, MG. Escolheu-se três pontos, em diferentes estágios de assoreamento. No lago Lagoa Preta coletou-se o testemunho LP com 2,01 metros; no lago Lagoa Nova obteve-se o testemunho LN contendo 2,59 metros e no Lago Toquinho recuperou-se o testemunho LT com 2,25 metros de comprimento. Em todos, as feições sedimentares foram preservadas sendo que LP apresentou 1 fácies, LN 3 e LT totalizou 2 fácies. Utilizou-se para este trabalho canos de P.V.C. introduzidos por percussão manual. Os pontos de coleta não apresentaram obstáculos que impedissem a realização do trabalho, mas suas características inviabilizariam a aplicação dos métodos convencionais. Os resultados do método empregado foram considerados satisfatórios por terem permitido a recuperação dos testemunhos sem comprometer a estrutura das camadas deposicionais, além de ter apresentado um custo economicamente viável.

Palabras clave:

afácies, lagos, médio rio Doce, testemunhos sedimentares

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Biografía del autor/a

Clayton Perônico, Centro Universitário Vila Velha; Universidade Federal de Ouro Preto

Doutor em Ciências Naturais pelo Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.

Paulo TA Castro, Universidade federal de Ouro Preto

Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade federal de Ouro Preto (UFOP).

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Cómo citar

Perônico, C., & Castro, P. T. (2010). Recuperação de testemunhos sedimentares em ambientes lacustres assoreados do complexo de lagos do médio vale do rio Doce, Minas Gerais. Natureza Online, 8(1), 51–56. Recuperado a partir de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/366