Herbivoria em Dalbergia ecastophyllum em área de restinga do Norte de Pernambuco, Brasil

Autores/as

  • José Antônio Bezerra de Oliveira Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Jarcilene Silva de Almeida Cortez Universidade Federal de Pernambuco

Resumen

Este trabalho objetivou testar a Hipótese do Vigor da Planta (HVP) e do Estresse Vegetal (HEV) em Dalbergia ecastophyllum (L.) Taubert de uma área de restinga. A primeira hipótese pressupõe que indivíduos de D. ecastophyllum com ramos mais vigorosos apresentam maior número de galhas que os menos vigorosos. A segunda hipótese supõe que o índice de herbivoria (remoção de limbo) é maior em plantas mais próximas ao mar que as menos próximas devido à presença de mais nutrientes. Foram escolhidos 55 ramos de indivíduos de D. ecastophyllum e mensurados o comprimento do ramo, número total de folhas e número total de galhas como variáveis representativas de vigor. Também foram amostradas aleatoriamente 25 folhas de indivíduos de D. ecastophyllum de quatro pontos com distância 0-3 m da linha do deixa (mar) e quatro pontos com distâncias >6 m e mensurados os índices de herbivoria para teste da segunda hipótese. Não houve relação entre o número total de galhas encontradas e o número total de folhas dos ramos de D. ecastophyllum (p=0.746) ou comprimento do ramo (p=0,517), refutando a primeira hipótese. Para a segunda hipótese, houve diferença entre os pontos amostrados (p<0,01), onde plantas próximas ao mar foram mais consumidas por herbívoros mastigadores que as plantas menos próximas.

Palabras clave:

hipótese do vigor, hipótese do estresse, galhas

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

José Antônio Bezerra de Oliveira, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Jarcilene Silva de Almeida Cortez, Universidade Federal de Pernambuco

Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica.

Citas

Araújo WS, Santos BB, Gomes-klein VL (2011) Insect galls from Serra dos Pireneus, GO, Brazil. Biota Neotropica 11:357-364.

Azevedo-Fontes KA, Pereira SMB, Zickel CS (2007) Macroalgas do “Bostrychietum” aderido em pneumatóforos de duas áreas de manguezal do Estado de Pernambuco, Brasil. Iheringia Série botânica 62: 31-38.

Carvalho-Fernandes SP, Almeida-Cortez JS, Ferreira ALN (2012) Riqueza de galhas entomógenas em áreas antropizadas e preservadas de Caatinga. Revista Árvore 36:269-277.

Castanho, CT (2012) Facilitação entre plantas e suas implicações para a dinâmica e restauração de restingas. Tese de Doutorado. Curso de Pós-Graduação em Ciências (Ecologia). Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP.

Fernandes GW, Price PW (1988) Biogeographical gradients in galling species richness. Oecologia 76:161-167.

Maia VC, Fernandes GW (2004) Insect galls from Serra de São José (Tiradenres, MG, Brazil). Brazilian Journal of Biology 64:423-445.

Mcgeoch MA, Price PW (2004) Spatial abundance structures in an assemblages of gallforming sawflies. Journal of Animal Ecology 73:506-516.

Miller WB, Weis AE (1999) Adaptation of coyote brush to the abiotic environment and its effects on susceptibility to gall-making midge. Oikos 84:199-208.

Price PW (1991) The plant vigor hypothesis and herbivore attack. Oikos, 62:244-251.

Pereira TM (2013) Herbivoria em folhas sob diferentes intensidades de estresse na restinga. In, MACHADO G, PRADO PIKL, MARTINI AMZ (Eds.) Livro do curso de campo - Ecologia da Mata Atlântica. São Paulo, Universidade de São Paulo, pp 1-3.

Pugnaire FI, Valladares F (2007) Functional ecology of plants. Florida. CRC Press.

Rasband WS. 1997. Image J. US National Institutes of Health, Bethesda, Maryland, USA.

Rizzini CT Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos e florísticos. Âmbito Cultural Edições, São Paulo. 1992.

Rocha CDF, Nunes-Freitas AF, Rocha-Pessôa TC, Cogliatti-Carvalho L (2004) Habitat disturbance in Brazilian Coastal sand dune vegetation and present richness and diversity of bromeliad species. Vidalia, 2(2):50-56.

Santos JC, Tavares CB, Almeida-Cortez JS (2011) Plant Vigor Hypothesis refuted: preference-performance linkage of a gall-inducing weevil on small-sized host plant resources. Brazilian Journal of Biology, 71(1): 65-69.

Scarano FR, Duarte HM, Ribeiro KT, Rodrigues PJFP, Barcellos EMB (2001) Four sites contrasting environmental stress in southeastern Brazil: relations of species, life form diversity, and geographic distribution to ecophysiological parameters. Botanical Journal of the Linnean Society 136(4):345-364.

Tuller J, Queiroz ACM, Luz GR, Silva JO (2012). Gall-forming insect attack patterns: a test of the Plant Vigor and the Resource Concentration Hypotheses. Biotemas 26(1), 45-51.

Ulian CH, Kondrat-Cunha TJ, Mello T. Assimetria de folhas de Dalbergia ecasophyllum (Fabaceae) expostas a estresses ambientais múltiplos na faixa costeira. In: Machado G, Prado P I K L, Martini A M. Z. (Eds.) (2012) Livro do curso de campo - Ecologia da Mata Atlântica. Universidade de São Paulo, São Paulo.

White TCR (1984) The abundance of invertebrate herbivores in relation to the availability of nitrogen in stressed food plants. Oecologia 63: 90-105.

Cómo citar

Oliveira, J. A. B. de, & Cortez, J. S. de A. (2015). Herbivoria em Dalbergia ecastophyllum em área de restinga do Norte de Pernambuco, Brasil. Natureza Online, 13(4), 152–154. Recuperado a partir de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/170