Conservação apolítica, resultados inaparentes
Resumo
Dados indicam escassez de elementos essenciais para a humanidade em várias partes do mundo, sendo prevista uma carência generalizada nas próximas décadas. Informações científicas embasam denúncias socioambientais, mas as reivindicações dificilmente são acatadas pelos indivíduos à frente dos governos. Nota-se a frustração dos pesquisadores à medida que advogam por mudanças. Este artigo defende uma nova perspectiva sobre a conservação dos recursos naturais, afirmando ser necessário que a comunidade acadêmica mude a sua característica cartesiana e envolva-se nas políticas públicas, compreendendo como elas ocorrem, assim como identificando os atores responsáveis pelas mesmas. É inevitável reconhecer a carência de biólogos, ecologistas ou conservacionistas atuando ou influenciando nas mais altas hierarquias de poder. As pesquisas por si só não são capazes de promover a mudança que a civilização moderna necessita. Possivelmente a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável nunca ocorrerão de fato. Porém, a insistência em um modelo notadamente falho não é coerente e a modificação de atitude é necessária.
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