Utilização de Tradescantia pallida (Commelinaceae) como ferramenta bioindicadora ambiental
alterações genéticas decorrentes de agentes contaminantes em água
Resumo
Espécies animais e/ou vegetais são consideradas bioindicadores devido à capacidade de indicar modificações biológicas ou abióticas de um determinado ambiente. As plantas são consideradas as melhores indicadoras de efeitos citogenéticos que são ocasionados por agentes contaminantes presentes no ambiente. Das plantas mais utilizadas como bioindicadores ambientais é do gênero Tradescantia que pertence à família Commelinaceae, é uma planta utilizada na avaliação de toxicidade genética em bioensaios, por permitir a detecção de agentes que afetam a estabilidade do genoma. Dentre os bioensaios que utilizam a Tradescantia para detectar a toxicidade genética em organismo experimental, o mais indicado é o teste de micronúcleo. Neste trabalho o objetivo tratou-se de apresentar a Tradescantia pallida var purpurea (Commelinaceae) como bioindicador ambiental na finalidade de detectar possíveis agentes contaminantes em água através de estudo inteiramente bibliográfico-qualitativo. Conclui-se que os estudos utilizando bioindicadores ambientais são de grande importância e que a T.pallida por ser sensível e ter condições favoráveis, mostra ser uma forte ferramenta como bioindicador ambiental, tanto para estudos com água, solo e ar.
Palavras-chave:
Downloads
Referências
CARITÁ, R. Avaliação do potencial genotóxico e mutagênico de amostras de águas de recursos hídricos que recebem efluentes urbanos e industriais do polo ceramista da cidade de Santa Gertrudes-SP. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Instituto de Biociências – Universidade Estadual Paulista de Rio Claro. 187p. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/87723/caritarmercla.pdf?sequence=1&isAllowed=y.2010.
CARNEIRO, R. M. A. Bioindicadores vegetais de poluição atmosférica: uma contribuição para a saúde da comunidade. Dissertação (Mestrado em Enfermagem em Saúde Pública). Universidade de São Paulo. 146p. 2004. Disponível em: DOI: 10.11606/D.22.2004.tde-19102004-170613
CARVALHO, H. A. A Tradescantia como bioindicador vegetal na monitoração dos efeitos clastogênicos das radiações ionizantes. Radiol Bras, São Paulo, v. 38, n. 6, p. 459-462. 2005. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-39842005000600015>. Acesso em: 08 mar. 2018.
CETESB, G. Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas. São Paulo, 14p. 2001.
COMMENT, A. C. Degradação de recursos hídricos e seus efeitos sobre a saúde humana. Rev Saúde Pública, v. 36, n. 3, p. 370-4. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v36n3/10502.
COSTA et al. Monitoramento químico e do potencial genotóxico para o diagnóstico da qualidade de corpos hídricos. Revista Brasileira de Ciências Am- bientais, v. 34, p. 65-74. 2014. Disponível em: http://abes-dn.org.br/publicacoes/rbciamb/PDFs/32-09_materia_6_artigos404.pdf
COSTA et al. Avaliação da influência do tempo de exposição de Tradescantia pallida var. purpurea para biomonitoramento da genotoxicidade do ar atmosférico. Revista Brasileira de Biociências, v. 13, n. 4. 2015. Disponível em: http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/view/3348
DONADIO, N. M. M.; GALBIATTI, J. A.; PAULA, R. C. de. Qualidade da água de nascentes com diferentes usos do solo na bacia hidrográfica do Córrego Rico, São Paulo, Brasil. Engenharia Agrícola, v. 25, n. 1, p. 115-125. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/eagri/v25n1/24877.pdf
GARCIA, A. C. F. S. Avaliação do potencial mutagênico da água do açude de Lucrécia (RN-Brasil): um enfoque na relação saúde e ambiente. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 116p. 2011. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/18235/1/AnuskaC-FSG_DISSERT.pdf
GORNI et al. Effect of tannery sludge in micronu- cleus frequency in bioindicator Tradescantia pallida (Rose) DR Hunt var. purpurea. Tupã – SP, Brasil. Revista Brasileira de Engenharia de Biossistemas, v. 8, n. 4, p. 361-373. 2014. Disponível em: DOI: http://dx.doi.org/10.18011/bioeng2014v8n4p361-373
KAPUSTA, S C. Bioindicação ambiental. 2016. Disponível em: http://proedu.ifce.edu.br/bitstream/handle/123456789/716/Bioindicacao_PB.pdf?sequen-ce=3&isAllowed=y. Acesso em: 23 mar 2018.
KLUMPP et al. Um novo conceito de monitoramento e comunicação ambiental: a rede europeia para a avaliação da qualidade do ar usando plantas bioin- dicadoras (EuroBionet). São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 24, n. 4, p. 511-518. 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbb/v24n4s0/9472.pdf
KLUMPP et al. Tradescantia micronucleus test indicates genotoxic potential of traffic emissions in European cities. Environmental Pollution, v. 139, n. 3, p. 515-522, 2006. Disponível em: http://doi.or-g/10.1016/j.envpol.2005.05.021
MAKI et al. Utilização de Bioindicadores em Monitoramento de Poluição. Biota Amazônia (Biote Amazonie, Biota Amazonia, Amazonian Biota), v. 3, n. 2, p. 169-178. 2013. Disponível em: DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia. v3n2p169-178
MAIA, N. B.; MARTOS, H. L.; BARRELLA, W. Indicadores ambientais: conceitos e aplicações. Educ- Editora da PUC, 285p. 2001.
MERTEN, G. H.; MINELLA, J. P. Qualidade da água em bacias hidrográficas rurais: um desafio atual para a sobrevivência futura. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v. 3, n. 4, p. 33-38. 2002.
MIŠÍK et al. In situ biomonitoring of the genoto- xic effects of mixed industrial emissions using the Tradescantia micronucleus and pollen abortion tests with wild life plants: Demonstration of the effica- cy of emission controls in an eastern European city. Environmental Pollution,v.145, n.2, p. 459-466. 2007. Disponível em: http://doi.org/10.1016/j.en-vpol.2006.04.026
MIŠÍK et al. Micronucleus assays with Tradescantia pollen tetrads: an update. Mutagenesis, v. 26, n. 1, p. 215-221. 2011. doi: 10.1093/mutage/geq080
OLIVEIRA, M. L. D. Utilização de Tradescantia Pallida como bioindicador de contaminação ambiental ao longo do Rio Igaraçu. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal do Pernambuco. Piauí. 2014.
PERES, W. L., LIRA, O. F. C., COSTA, K. A. 2010. Biomonitoramento com Tradescantia pallida em Mato Grosso. Monografia (Especialização). Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Especialização em Poluição do Ar e Saúde Humana. 81p. 2010. Disponível em: http://www.saude.mt.gov.br/suvsa/arquivo/1770/documentos
PETRY et al. Integrated assessment of chemical qua- lity and genotoxicity of the water of the Luiz Rau Stream in the lower stretch of the Sinos River Basin, in South Brazil. Revista Ambiente & Água, v. 11, n. 4, p. 867-877. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4136/ambi-agua.1779
PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Poluição da água. Biologia da conservação. Cap 2. p 106. 2001.
SAVOIA, E. J. L. Potencial de Tradescantia pallida cv. Purpurea para biomonitoramento da poluição aérea de Santo André - São Paulo, por meio do bioensaio Trad - MCN e do acúmulo foliar de elementos tóxicos. Dissertação (Mestrado em Fisiopatologia Experimental) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, 2007. 102p. 2007. Disponível em: DOI: 10.11606/D.5.2007.tde-20062007-154214
SILVA JEREMIAS, A. C. D. da; DA SILVA, L. C.; OGUSUCU, R. Biomonitoramento da qualidade da água do IFC-campus CAMBORIÚ com Cebola (Allium cepa) e Trapoeraba (Tradescantia pallida). V Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar (MICTI), 2011, Blumenau, 4p. 2011. Disponível em: http://eventos.ifc.edu.br/wp-content/uploads/sites/5/2014/09/CB-44.pdf
SUYAMA et al. Pollen mother cells of Tradescan- tia clone 4430 and Tradescantia pallida var. pur- purea are equally sensitive to the clastogenic ef- fects of X-rays. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 35, n. 1, p. 127-129. 2002. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2002000100018
YAGUINUMA, D. H.; BRITO, L. G. L.; FLUMINHAN, A. Avaliação dos danos genéticos provoca- dos por radiação solar e poluição aérea através da análise de micronúcleos em Tradescantia pallida cv purpurea. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, Tupã – SP. v. 10, n. 12. 2014. Disponível em: DOI: http://dx.doi.org/10.17271/1980082710122014919.
Como Citar
Licença
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
