Observations of Pallas’s long-tongued bat, Glossophaga soricina (Pallas, 1766) (Chiroptera, Glossophaginae), visiting Dracaena reflexa Lam (Aspargaceae) flowers in an urban area of Rio de Janeiro (Brazil)

Autores/as

  • Shirley Seixas Pereira da Silva Instituto Resgatando o Verde
  • Patrícia Gonçalves Guedes Instituto Resgatando o Verde; Museu Nacional - UFRJ
  • Tatiana Maria Costa Fagundes Fundação Técnico-Educacional Souza Marques
  • Ademar Ferreira da Silva Fundação Técnico-Educacional Souza Marques

Resumen

O Gênero Dracaena reúne 40 espécies de árvores e arbustos, nativos da África, Madagascar, Ilhas Maurício, sul da Ásia e América Central. Dracaena reflexa Lam é uma espécie exótica arbórea nativa de Madagascar e ilhas próximas, com aproximadamente quatro a seis metros de altura, amplamente utilizada no paisagismo urbano e decoração de interiores. É uma monocotiledônea tropical vistosa e de crescimento moderado, podendo ser plantada isolada, ou em grupos. A floração inicia-se no final do inverno se estendendo até o final da primavera. As flores são pequenas e brancas, reunidas em inflorescências terminais. São conhecidos apenas abelhas e vespas como visitantes/ polinizadores no Brasil. As observações noturnas da visita de morcegos às flores de D. reflexa ocorreram no Campus da Fundação Técnico - Educacional Souza Marques, na cidade do Rio de Janeiro, sob a luz do luar e luminosidade local. Para a identificação dos morcegos visitantes das flores, foram estendidas re-des de neblina próximas aos vegetais em floração. Isto resultou na captura de oito espécimes de Glossophaga soricina (Pallas, 1766). Esses Glossophaginae abordaram as flores por meio de breves voos, quando tocaram os órgãos reprodutivos das flores com a porção ventral do corpo. Foi possível observar que os G. soricina pairavam à frente das flores, em movimento de adejo, introduziam a língua para recolher néctar e pólen e se afastavam, rodeando o vegetal e abor-dando outras flores da inflorescência. Esse compor-tamento facilita a troca de material polínico entre as flores, mesmo que não ocorra polinização efetiva. No presente estudo, o uso de D. reflexa na alimentação de morcegos é descrita pela primeira vez na Região Neotropical. Neste sentido, trata-se de um impor-tante registro para melhor compreensão das interações animal-planta que ocorrem em áreas urbanas.

Palabras clave:

morcegos, flor, fauna sinantrópica, quiropterofilia

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Angiosperm Phylogeny Group (2003) An update of the Angiosperm phylogeny group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. 2003. Botanical Journal of the Linnean Society 141:399-433.

Avila-Cabadilla LD, Sanchez-Azofeifa GA, Stoner KE, Alvarez-Anorve MY, Quesada M, Portillo-Quin-tero CA (2012). Local and Landscape Factors Deter-mining Occurrenceof Phyllostomid Bats in Tropical Secondary Forests. PLoS ONE 7(4): e35228.

Bergallo HG (1990) Biologia floral e polinização de Bauhinia bongardii Steud na Serra dos Carajás, Pará. Revista Brasileira de Biologia 50(2): 401-405.

Bredt A, Araujo FAA,Caetano-Junior J,Rodrigues MGR,Yoshizawa M, Silva MMS, Harmani NMS, Massunaga PTN, Bürer SP, Porto VAR, Uieda W (1996) Morcegos em áreas urbanas e rurais: ma-nual de manejo e controle. Brasília, Fundação Na-cional de Saúde.

Britt, A(2000) Diet and feeding of the Black-and--white Ruffed Lemur (Varecia variegata variegata)in the Betampona Reserve, Eastern Madagascar. Folia Primatologica 71: 133-141.

Buzato S, Franco ALM (1992)Tetrastylis ovalis: a se-cond case of bat-pollinated passionflower (Passiflo-raceae). Plant Systematics and Evolution 181:261-267.

Chittka L, Thomson JD(2001) Cognitive ecology of pollination. Animal behavior and floral evolution. Cambridge, Cambridge University Press.

Esbérard CEL, Chagas AS, Luz EM (1999) Uso de residências pormorcegos no Estado do Rio de Janeiro (Mammalia: Chiroptera).Revista Brasileira de Me-dicina Veterinária 21(1):17-20.

Fabían ME, Rui AM, Waechter JL (2008) Plantas utilizadas como alimento por morcegos (Chiroptera, Phyllostomidae), no Brasil. In, Reis NR, Peracchi AL, Santos GASD (Orgs.) Ecologia de Morcegos. Londrina, Technical Books Editora, pp. 51-70.

Faegri K, Van Der Pijl L (1971)The Principles of Pollination Ecology. 2ª Ed. Oxford - New York, Per-gamon Press.

Findley JS, Wilson DE (1982) Ecological significan-ce of chiropteran morphology. In Kunz TH (Ed) Eco-logy of Bats. Nova York, Plenum Press, pp. 243-260. Gardner, AL (1977) Feeding habits. In, Baker RJ, Jo-nes JK, Carter DC (Eds) Biology of bats of the New World Family Phyllostomatidae - Part II. Special Publications Museum Texas Technical University, Lubbock, Pp. 293-350.

Heithaus ER(1982) Coevolution between bats and plants. In, Kunz TH (Ed) Ecology of Bats. Nova York, Plenum Press, pp. 327-367.

Heithaus ER, Opler PA, Baker HG (1974) Bat activity and pollination of Bauhinia pauletia: plant - pollinator coevolution. Ecology 55: 412-419.

Howell DJ, Hodking N (1976) Feeding adaptation in the hair and tongues of nectar-feeding bats. Journal of Mammalogy 148: 329-336.

Lima IP(2008) Espécies de morcegos (Mammalia; Chiroptera) registradas em parques nas áreas urbanas do Brasil e suas implicações no uso deste ambiente. In, Reis NR, Peracchi AL, Santos GASD (Orgs.) Eco-logia de Morcegos. Londrina, Technical Books Editora, pp. 71-85.

Meghan M, Clare EL, Rydell J, Yovel Y, Bar-on Y, Oelbaum P., Fenton MB (2016) Opportunistic use of banana flower bracts by Glossophaga soricinaActa Chiropterologica 18(1): 209–213.

Reis NR, Lima IP, Peracchi AL (2002) Morcegos (Chiroptera) da área urbana de Londrina, Paraná, Bra-sil. Revista Brasileira de Zoologia 19(3): 739-746. Sazima M, Sazima I (1975) Quiropterofilia em Lafo-ensia pacari St. Hil. (Lythraceae), na Serra do Cipó, Minas Gerais. Ciência e Cultura 27 (4): 405-416.

Sazima M, Fabian ME, Sazima I (1982)Polinização de Luechea speciosa (Tiliaceae) por Glossophaga so-ricina (Chiroptera- Phyllostomidae). Revista Brasi-leira de Biologia 42(3): 505-513.

Silberbauer-Gottsberger I, Gottsberger G (1975) Übersphingophile Angiospermen Brasiliens. Plant Systematics and Evolution 123(3): 157-184.

Silva SSP, Peracchi AL (1995) Observação da visita de morcegos (Chiroptera) às flores de Pseudobombax grandiflorum (CAV.) A. Robyns no Campus da Uni-versidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Revista Brasileira de Zoologia12(4): 859-865.

Silva SSP, Peracchi AL (1999) Visits of bats to flowers of Lafoensia glyptocarpa Koehne (Lythraceae). Re-vista Brasileira de Biologia 59(1):19-22.

Silva SSP, Peracchi AL, Dias, D (1996) Visita de Glossophaga soricina (Pallas, 1766) às flores de Eu-genia jambos L. (Myrtaceae). Revista Universidade Rural, Série Ciências da Vida 18(1-2):67-71.

Silva SSP, Peracchi AL, Aragão AO (1997) Visita de Glossophaga soricina (Pallas, 1766) às flores de Bauhinia cupulata Benth (Leguminosae, Caeselpinoi-deae). Revista Brasileira de Biologia57(1): 89-92.

Souza VC, Lorenzi H (2008) Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Tschapka M, Dressler S (2002) Chiropterophily: on bat-flowers and flower bats. Botanical Magazine Ser. 6, 19(2): 114-125.

Waser NM, L. Chittka L, Price MV, Williams NM, Ollerton J(1996) Generalization in pollination sys-tems, and why it matters. Ecology 77: 1043–1060.

Wheelwright NT, Orians GH (1982) Seed dispersal by animals: contrasts with pollen dispersal, problems of terminology and constraints on coevolution. Ame-rican Naturalist 119 (3): 402-413.

Publicado:

2017-11-09

Descargas

Cómo citar

Silva, S. S. P. da, Guedes, P. G., Fagundes, T. M. C., & Silva, A. F. da. (2017). Observations of Pallas’s long-tongued bat, Glossophaga soricina (Pallas, 1766) (Chiroptera, Glossophaginae), visiting Dracaena reflexa Lam (Aspargaceae) flowers in an urban area of Rio de Janeiro (Brazil). Natureza Online, 15(3), 7–13. Recuperado a partir de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/456

Artículos más leídos del mismo autor/a