Florística e ecologia da família Orchidaceae em fragmento florestal ribeirinho pertencente à Fazenda Palmares, Município de Santa Cruz das Palmeiras, SP, Brasil

Autores

  • Aline C Souza Irmandade Educação e Caridade Colégio Puríssimo Coração de Maria; Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Thiago S Leal Irmandade Educação e Caridade Colégio Puríssimo Coração de Maria; Centro Universitário Hermínio Ometto
  • Lígia E Prezzi Centro Universitário Hermínio Ometto
  • Cristiano P Moraes Irmandade Educação e Caridade Colégio Puríssimo Coração de Maria; Centro Universitário Hermínio Ometto

Resumo

As florestas ribeirinhas neotropicais são amplamente estudadas, porém existem poucas informações sobre ecologia de orquídeas nestas formações florestais. O objetivo deste trabalho foi descrever a composição florística e a ecologia da família Orchidaceae em floresta ribeirinha localizada em fragmento florestal no município de Santa Cruz das Palmeiras, SP. A família Orchidaceae foi representada por duas espécies. As espécies encontradas foram Catasetum fimbriatum (Morren.) Lindl. e Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. Os estudos ecológicos demonstraram baixa diversidade. Este fato pôde ser explicado por ações antrópicas, como estabelecimento de área de pastagem e cultura de Citrus ao redor do fragmento.

Palavras-chave:

Orquídeas, bioindicadores ambientais, ação antrópica, ecologia, conservação

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Araújo LE, Silva KA, Ferraz EMN, Sampaio EVSB, Silva SI (2005) Diversidade de herbáceas em microhabitats rochoso, plano e ciliar em uma área de caatinga, Caruaru, PE, Brasil. Acta Botanica Brasilica 19: 285-294.

Barros F (1990) Diversidade taxonômica e distribuição geográfica das Orchidaceae brasileiras. Acta Botanica Brasilica 4: 177-187.

Barthlot W, Schmit-Neuerburg V, Nieder J, Engwald S (2001) Diversity and abundance of vascular epiphytes: a composition of secondary vegetation and primary montane rain forest in the Venezuelan Andes. Plant Ecolog y 152: 145-156.

Bataghin FA, Barros F, Pires JSR (2010) Distribuição da comunidade de epífitos vasculares em sítios sob diferentes graus de perturbação na Floresta Nacional do Ipanema, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 33: 501-512.

Batista JAN, Bianchetti LB (2003) Lista atualizada das Orchidaceae do Distrito Federal. Acta Botanica Brasilica 17: 183-201.

Batista JAN, Bianchetti LB, Pellizaro KF (2005) Orchidaceae da Reserva Ecológica do Guará. Acta Botanica Brasilica 19: 221-232.

Benzing DH (1987) Vascular epifhytism: taxonomic participation and adaptive diversity. Annals of the Missouri Botanical Garden 74: 183-204.

Benzing DH (1990) Vascular epiphytes: general biology and related biota. Cambridge: Cambridge University Press.

Brustulin J, Schmitt JL (2008) Composição florística, distribuição vertical e floração de orquídeas epifíticas em três parques municipais do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Botânica 59: 143-158.

Budowski G (1965) Distribuition of tropical american rain forest species in the light of sucessional processes. Turrialba 15: 40-42.

Bueno ML, Resende UM, Gomes TR (2007) Levantamento forístico nas trilhas turísticas da RPPN São Geraldo, Bonito, Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Biociências 5: 189-191.

Buzzatto CR, Freitas EM, Silva APM, Lima LFP (2007) Levantamento florístico das Orchidaceae ocorrentes na Fazenda São Maximiano, Município de Guaíba, Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Biociências 5: 19-25.

Campos FADB (2008) Considerações sobre a Família Orquidacea: taxonomia, antropismo, valor econômico e tecnologia. O mundo da saúde 32: 383-392.

CEPAGRI (2007) Centro de Pesquisas Meteorologicas e Climaticas Aplicas a Agricultura. Clima dos municípos paulistas. Disponível em:<http://www.cpa.unicamp.br/outras-informacoes/clima_muni_521.html> Acesso: 14 de maio de 2011.

Cervi AC, Borgo M (2007) Epífitos vasculares no Parque Nacional do Iguaçu, Paraná (Brasil): Levantamento Preliminar. Fontqueria 55: 415-422.

Clements FE (1929) Experimental methods in adaptation and morphogeny. Journal of Ecolog y 17: 356-379.

Cogniaux A (1893-1896) Orchidaceae. In: Martius CFP, Eichler AG, Urban I (Eds) Flora Brasiliensis. Monachii, Typographia Regia, v. 3, n.4, pp. 1-672, tabs.1-133.

Cogniaux A (1898-1902) Orchidaceae. In: Martius CFP, Eichler AG, Urban I (Eds) Flora Brasiliensis. Monachii, Typographia Regia, v. 3,n. 5, pp. 1-663, tabs.1- 119.

Cogniaux A (1904-1906) Orchidaceae. In: Martius CFP, Eichler AG, Urban I (Eds) Flora Brasiliensis. Monachii, Typographia Regia, v.3, n. 6, pp. 1-604, tabs.1-120.

Cohen IM, Ackerman JD (2009) Oeceoclades maculata, an alien tropical orchid in a Caribbean rainforest. Annals of Botany 104: 557–563.

Dettke GA, Orfrini AC, Milaneze-Gutierre MA (2008) Composição florística e distribuição de epífitas vasculares em um remanescente alterado de floresta estacional semidecidual no Paraná, Brasil. Rodriguésia 59: 859-872.

Dislich R, Mantovani W (1998) Flora de epífítas vasculares da Reserva da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira” (São Paulo, Brasil). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 17: 61-83.

Dressler RL (2005) How many orchid species? Selbyana 26: 155-158. Feldmann P, Barré N (2001) Atlas des orchidées sauvages de la Guadeloupe. Patrimoines naturels, Paris: Muséum National D’Histoire Naturelle, CIRAD.

Finol UH (1971) Nuevos parametros a considerarse em el analisis estrutural de las selva virgenes tropicales. Revista Forestal Venezolana, 14: 29-42.

Fraga CN, Peixoto AL (2004) Florística e ecologia das Orchidaceae das restingas do estado do Espírito Santo. Rodriguésia 55: 5-20.

Gentry AH, Dodson CH (1987a) Diversity and biogeography of neotropical vascular epiphytes. Annals of Missouri Garden 74: 205-233.

Gentry AH, Dodson CH (1987b) Contribution of non-trees species richness of a tropical rain forest. Biotropica 19: 149-156.

Gonzalez-Díaz N, Ackerman JD (1988) Pollination, fruit set, and seed production in the orchid Oeceoclades maculata. Lindleyana 3: 150-155.

Hoehne FC (1940) Orchidaceas. In: Hoehne FC (ed) Flora Brasilica. São Paulo: Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, pp 1-254.

Hoehne FC (1942) Orchidaceas. In: Hoehne FC (ed) Flora Brasilica. São Paulo: Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, pp 1-218.

Hoehne FC (1945) Orchidaceas. In: Hoehne FC (ed) Flora Brasilica. São Paulo: Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, pp 1-389.

Hoehne FC (1949) Iconografia das Orchidaceas do Brasil. São Paulo, Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo.

Hoehne FC (1953) Orchidaceas. Flora Brasilica. São Paulo: Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, pp 1-397.

Index Kewensis (2010) The Internacional Plan Names Index. Disponível em: <http://www.ipni.org/ipni/plantnamesearchpage.do>. Acesso em: 14 de maio de 2011.

Ivanauskas NM, Rodrigues RR (2000) Florística e fitossociologia de remanescente de floresta estacional decidual em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 23: 291-304.

Kersten RA, Silva SM (2001) Composição florística do componente epífito vascular em floresta da planície litorânea na Ilha do Mel, Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 24: 213-226.

Kinoshita LS, Torres RB, Forni-Martins ER, Spinelli T, Ahn YJ, Constâncio SS (2006) Composição florística e síndromes de polinização e dispersão da mata do Sítio São Francisco. Acta Botanica Brasilica 20: 313-327.

Kress WJ (1986) A symposium: the biology of tropical epiphytes. Selbyana 9: 1-22. Lugo AE, Scatena FN (1992) Epiphytes and climate change research in the Caribean: a proposal. Selbyana 13: 123-130.

Matteucci SD, Colma A (1982) Metodologia para el estudio de la vegetacion. Washington: The General Secretarial of the Organization of American States.

Menini-Netto L, Almeida VR, Forzza RC (2004a) A família Orchidaceae em um fragmento de floresta estacional semidecidual, no município de Barroso, Minas Gerais, Brasil. Lundiana 4: 9-24.

Menini-Netto L, Almeida VR, Forzza RC (2004b) A família Orchidaceae na Reserva Biológica da Represa do Grama – Descoberto, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia 55: 137-156.

MOBOT (2010) Missouri Botanical Garden. Nomenclature Data Base. Disponível em: <http://www.mobot.org/>. Acesso em: 14 de maio de 2011.

Moraes CP, ALMEIDA A (2004) Influência climática sobre a plasticidade fenotípica floral de Catasetum fimbriatum Lindley. Ciência e Agrotecnologia 28: 942-948.

Nascimento HEM, Viana VM (1999) Estrutura e dinâmica de eco-unidades em um fragmento estacional semidecidual na região de Piracicaba – SP. Scientia Florestalis 55: 29-47.

Pabst JFG, Dungs F (1975) Orchidaceae Brasilienses. Hildesheim: Brücke-Verlag Kurt Schmersow, v. 1.

Pabst JFG, Dungs F (1977) Orchidaceae Brasilienses. Hildesheim: Brücke-Verlag Kurt Schmersow, v. 2.

Pansarin ER, Pansarin LM (2008) A família Orchidaceae na Serra do Japi, São Paulo, Brasil. Rodriguésia 59: 99-111.

Pedroso-de-Moraes C, Domingues E, Prezzi LE, Souza-Leal T, Zambon RL, Brescansin RL, Ramos PAB (2010) Florística e fitossociologia da família Orchidaceae no Centro de Educação Ambiental “Francisco Mendes”, município de Mogi Guaçu, SP, Brasil. Scientia Plena 6: 1-5.

Pinto ACR, Demattê MESP, Pavani MCMD (1995) Composição florística de epífitas (Magnoliophyta) em fragmento de floresta no município de Jaboticabal, SP, Brasil. Científica 23: 283-289.

Pridgeon AM, Cribb PJ, Chase MA, Rasmussen FN (2009) Genera Orchidacearum, Epidendroideae (part two). Oxford: Oxford University Press, v. 5.

Rodrigues JB (1877) Genera et Species Orchidearum Novarum. Rio de Janeiro: Typographia Nacional. v. 1.

Rodrigues JB (1882) Genera et Species Orchidearum Novarum. Rio de Janeiro: Typographia Nacional. v. 2.

Rogalski JM, Zanin EM (2003) Composição florística de epífitos vasculares no estreito de Augusto César, floresta estacional decidual do Rio Uruguai, RS, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 26: 551-556.

Schuster H, Pedroso-de-Moraes C, Souza-Leal T, Callegari-Correia E, Prezzi L, Domingues E, Canassa F (2010) Diversidade de Orchidaceae da fazenda Cantagalo, município de Mogi-Mirim, São Paulo. Revista Brasileira de Biociências 8: 242-245.

Schütz-Gatti AL (2000) O componente epífito vascular na Reserva Natural de Salto Morato, Guaraqueçaba, PR. Dissertação de Mestrado. Curitiba: Universidade Federal do Paraná.

Soltis DE, Soltis PS, Endress PK, Chase MW (2005) Phylogeny and Evolution of Angiosperms. Sunderland: Sinauer Associates.

Souza CV, Lorenzi H (2005) Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: Plantarum.

Sprunger S, Cribb P, Toscano-de-Brito ALV (1996a) João Barbosa Rodrigues - Iconographie des orchidées du Brésil: The illustrations. Basle, Friedrich Reinhardt Verlag.

Sprunger S, Cribb P, Toscano-de-Brito ALV (1996b) João Barbosa Rodrigues - Iconographie des orchidées du Brésil: The Texts. Basle: Friedrich Reinhardt Verlag.

Stern WL (1988) The long-distance dispersal of Oeceoclades maculata. American Orchid Society Bulletin 57: 960-971.

Tabanez AAJ, Viana VM, Dias ADS (1997) Consequências da fragmentação e do efeito de borda sobre a estrutura, diversidade e sustentabilidade de um fragmento de floresta de planalto de Piracicaba, SP. Revista Brasileira de Biologia 57: 47-60.

ter Steege H, Cornelissen JHC (1989) Distribution and Ecology of vascular epiphytes in Lowland Rain Forest of Guyana. Biotropica 21: 331-339.

Viana VM, Tabanez AAJ, Martinez JLA (1992) Restauração e manejo de fragmentos de florestas naturais. Revista do Instituto Florestal 4: 400-406.

Viana VM, Tabanez AAJ, Batista JLF (1997) Dynamics and restoration of forest fragments in the Brazilian Atlantic Moist Forest. In: Lawrence WF, Bierregard RO (ed) Tropical forest remnants: ecolog y, management and conservation of fragment communities. Chicago: University Press.

Waechter JL (1998) Epifitismo vascular em uma floresta de restinga do Brasil subtropical. Ciência e Natura 20: 43-66.

YamagutiDR(2008) Estudos foliares em doze espécies de Orchidaceae (Subtribo Pleurothallidinae) – Gêneros Brachionidium Lindl., Echinosepala Pridgeon & M.W. Chase, Myoxanthus Poepp. & Endl., Octomeria R. Br., Pleurothallopsis Porto & Brade. Dissertação de Mestrado: São Paulo: Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

Yeaton RI, Goldstone DE (1982) The pattern of colonization of epiphytes on Calabash Trees (Crescentia alata HBK) in Guanascate Province, Costa Rica. Biotropica 14: 137-140.

Zar JH (1996) Biostatistical analysis. Prentice-Hall, New Jersey.

Zimmerman JK, Olmsted IC (1992) Host tree utilization by vascular epiphytes in a seasonally inundated forest (Tintal) in Mexico. Biotropica 24: 402-407.

Zotz G, Andrade JL (2002) La ecología y la fisiología de las epifitas y las hemiepífitas. In: Guariguata M, Catan, G (ed) Ecología y conservación de bosques neotropicales, San José, Editorial Libro Universitario Regional, pp. 271-296.

Publicado:

2011-08-04

Downloads

Como Citar

Souza, A. C., Leal, T. S., Prezzi, L. E., & Moraes, C. P. (2011). Florística e ecologia da família Orchidaceae em fragmento florestal ribeirinho pertencente à Fazenda Palmares, Município de Santa Cruz das Palmeiras, SP, Brasil. Natureza Online, 9(3), 129–133. Recuperado de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/354