Parasitismo do nematóide de galhas, Meloidogyne incognita, em variedades de mamona

Autores

  • Heliab B Nunes Universidade do Estado da Bahia
  • João Luiz Coimbra Universidade do Estado da Bahia
  • Florisvalda S Santos Universidade Federal da Bahia
  • Marcos Antonio V Silva Universidade do Estado da Bahia

Resumo

O plantio de mamona no oeste da Bahia vem crescendo devido às condições topográficas e climáticas extremamente favoráveis à produção dessa oleaginosa. Porém, doenças que acometem a cultura podem afetar a produtividade e qualidade da produção, como aquelas causadas por nematóides, pouco estudadas até o momento. Dessa forma objetivou-se com esse trabalho avaliar o parasitismo do nematóide de galhas, Meloidogyne incognita, em seis variedades de mamona. Em casa de vegetação foi realizado o teste de patogenicidade semeando-se as variedades de mamona MPA 29; MPA 32; MPA 31; MPA 12; Mirante 10 e MPA 30 e uma de tomateiro (Santa Cruz Kada) em recipientes plásticos com capacidade de 500 cm3, contendo substrato previamente esterilizado formado pela mistura de solo, areia e esterco bovino nas proporções de 2:1:2. Dez dias após a emergência das plantas foi realizada a infestação do substrato com 2000 ovos de Meloidogyne incognita e trinta e cinco dias depois quantificou-se o número de galhas, de massa de ovos e de ovos por sistema radicular. Nenhuma das cultivares de mamona avaliadas mostrou-se suscetível ao parasitismo de Meloidogyne incognita, o que as tornam interessante para cultivo em áreas agrícolas que esteja infestada com esse nematóide usando-a como uma planta armadilha no manejo fitossanitário dessa área.

Palavras-chave:

parasitismo, controle, nematoide, mamoneira, variedades

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Heliab B Nunes, Universidade do Estado da Bahia

Departamento de Ciências Humanas, Universidade do Estado da Bahia (UNEB); Engenheiro Agrônomo, Técnico de Laboratório de Fitopatologia do curso de Engenharia Agronômica.

João Luiz Coimbra, Universidade do Estado da Bahia

Departamento de Ciências Humanas, Universidade do Estado da Bahia (UNEB); Professor de Fitopatologia.

Florisvalda S Santos, Universidade Federal da Bahia

Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal da Bahia; Professora de Microbiologia.

Marcos Antonio V Silva, Universidade do Estado da Bahia

Departamento de Ciências Humanas, Universidade do Estado da Bahia (UNEB); Professor de Ecologia Agrícola.

Referências

Boneti JIS, Ferras S (1981) Modificação do método de Hussey & Barker para a extração de ovos de M. exigua, em raízes de cafeeiro. Fitopatologia Brasileira 6: 553-1981.

Braga FLP, Khan AS, Mera RDM (2008) Balanço econômico da produção de mamona e balanço energético da obtenção de biodiesel no Estado do Ceará. In: XLVI Congresso da Sociedade Brasileira de Economia. Administração e Sociologia Rural, Rio Branco.

Bueno LCS, Mendes ANG, Carvalho SP (2001) Melhoramento genético de plantas. Lavras: Universidade Federal de Lavras.

Carneiro RG (2000) Efeito de Meloidogyne incognita raça 3 e M. javanica sobre a absorção e translocação de nitrogênio, fósforo, cálcio e sobre a partição de carbono em cultivares de soja. Tese de Dotourado. Curso de Pós-Graduação em Fitopatologia. Piracicaba: Universidade de São Paulo.

Costa FX, Severino LS, Beltrão NEM, Freire RMM, Lucena AMA, Guimarães MMB (2004) Composição química da torta de mamona. In: I Congresso Brasileiro de Mamona, Campina Grande.

Gibin MM, Ferraz MA, Graciano DS, Schirmann MR, Ferraz LCCB, Asmus GL (2004) Efeito da temperatura e do meio de incubação na eclosão de juvenis de Heterodera glycines. Nematologia Brasileira 28: 107-109.

Gomes CB, Lima DL, Silva SDA, Junior CR, Costa AV, Antunes LEC Mattos ML, Casagrande júnior JG, Nascimento JSN, Moura AB (2009) Efeito da torta de mamona e do repolho na biofumigação e solarização do solo para controle de fitonematóides associados ao pessegueiro. EMBRAPA. Disponível em www.cnpa.embrapa.br/produtos/mamona/.cbm3/F%2013.pdf.

Hackney RW, Dickerson OJ (1974) Marigold castor bean and chrysanthemum as controls of Meloidogyne incognita and Pratylenchus alleni. Journal of Nematolog y 7: 84-90.

Hussey RS, Barker KR (1973) A comparison of methods for colecting inocula of Meloidogyne spp. Including a new technique. Plant Disease Reporter 57: 1025-1028.

Kouri J Santos RF, Santos JW (2004) Evolução da cultura da mamona no Brasil. In: I Congresso brasileiro de mamona, Campina Grande.

Morais MV, Lordelo LGE (1977) Uso de torta de mamona no controle de nematóides em solos para viveiro de café. Publicações da Sociedade Brasileira de Nematologia 2.:267-271

Rosa RCT, Moura RM, Pedrosa EMR (2004) Efeito do uso de Crotalaria juncea e carbofuran em fitonematóides ectoparasitos de cana-de-açucar. Fitopatologia Brasileira 29: 447-449.

Sampaio AH, Rogério R, Ritzinger CHSP, Damasceno CAS, Santos VS, Severino LS, Ledo CAS (2009) Controle de fitonematóides em aceroleira mediante o uso de farelo de mamona. EMBRAPA. [online] 3www.cnpa.embrapa.br/produtos/mamona/publicacoes/.../042.pdf.

Severino LS, Costa FX, Beltrão NEM, Lucena AMA, Guimarães MMB (2004) Mineralização da torta de mamona, esterco bovino e bagaço de cana estimada pela respiração microbiana. Revista de Biologia e Ciências da Terra 5: 1-6.

Silveira PM, Rava CA (2004) Utilização de crotalária no controle de nematóides da raiz do feijoeiro. Comunicado técnico. EMBRAPA: Santo Antônio de Goiás-GO.

Tihohod D (1993) Nematologia agrícola aplicada. FUNEP: Jaboticabal.

Publicado:

2011-01-01

Downloads

Como Citar

Nunes, H. B., Coimbra, J. L., Santos, F. S., & Silva, M. A. V. (2011). Parasitismo do nematóide de galhas, Meloidogyne incognita, em variedades de mamona. Natureza Online, 9(1), 43–46. Recuperado de https://naturezaonline.com.br/revista/article/view/333