Estado de conservação de Áreas de Preservação Permanentes (APP) em duas áreas topograficamente distintas do Estado do Espírito Santo
Resumo
As Áreas de Preservação Permanente (APP) representam importantes regiões para a biodiversidade e preservação de remanescentes florestais, principalmente considerando os serviços ambientais que essas florestas podem oferecer. A partir do uso da ferramenta Sistema de Informações Geográficas (SIG), objetivou-se compreender o estado de conservação de APPs em regiões topograficamente distintas, usando duas áreas de mesmo tamanho nos municípios de Pinheiros e Santa Maria de Jetibá, no estado do Espírito Santo. Para realização dessa análise, foram mapeados o uso e a cobertura do solo de APPs de mata ciliar (ao longo de rios) em Pinheiros e de APPs de topo de morro em Santa Maria de Jetibá, utilizando-se de ortofotos de 2008 classificadas em quatro classes ou categorias (cobertura florestal, cultivos agrícolas, pastagem e mancha urbana) por fotointerpretação visual. Os resultados evidenciam uma preservação maior de APPs na região de Santa Maria de Jetibá, município tipicamente agrícola e montanhoso, caracterizado pela predominância de pequenas propriedades rurais, enquanto que na região de Pinheiros, com predomínio de topografia plana, o mapeamento das APPs revelaram maiores transgressões à legislação vigente.
Palavras-chave:
Downloads
Referências
Ayres JM, Fonseca GAB, Rylands AB, Queiroz HL, Pinto LP, Masterson D, Cavalcanti R.B. (2005) Os corredores ecológicos das florestas tropicais do Brasil. Belém, Sociedade Civil Maminaurá.
Centoducatte LD, Martinelli FS, Barreto FCC, Mendes SL (2011) Efeito da topografia no padrão de uso e ocupação do solo no município de Santa Maria de Jetibá, ES, Brasil. In: XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Curitiba
Dean W (1996) A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira. São Paulo, Companhia das Letras,..
Galindo-Leal CG, Câmara IG (2005) Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. Fundação SOS Mata Atlântica. Belo Horizonte, Conservação Internacional.
IPEMA – Instituto de Pesquisa da Mata Atlântica (2005) Conservação da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo: cobertura florestal e unidades de conservação. Vitória, Conservação Internacional do Brasil & IPEMA
IJSN – Instituto Jones Santos Neves (2010) Dados do PIB para os municípios do Espírito Santo: 1999-2008. Disponível em:<http://www.ijsn.es.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=281&Itemid=258>. Acesso em: 29 junho 2011.
Jensen JR (2009) Sensoriamento remoto do ambiente: uma perspectiva em recursos terrestres. São José dos Campos: Parêntese.
Louzada FLRO, Santos AR (2009) Conflito do uso e ocupação do solo em APPs da bacia hidrográfica do Ribeirão Estrela do Norte – ES. In: XIII Encontro Latino-Americano de Iniciação Cientifica, São José dos Campos
Lovejoy TE, Bierregaard RO, Rylands AB, Malcolm JR, Quintela CE, Harper LH, Brown KS, Powell AH, Powell GVN, Schubart HOR, Hays MB (1986). Edge and other effects if isolation on Amazon forests fragments. In: Soulé ME. (Ed.). Conservation biolog y: the science of scarcity and diversity. Sunderland, Sinauer Associates, pp 257-285.
Metzger JP (2001) O que é ecologia de paisagens? Biota Neotropica 1: 1-9.
Myers N, Mittermeier RA, Mittermeier CG, Fonseca GAB, Kent J (2000) Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 43: 853-858.
Oliveira OM, Santos EM, Santos AR (2010) Determinação do uso e ocupação do solo no entorno de uma hidroelétrica no município de Guaçuí, ES. Enciclopédia Biosfera 6: 1-6.
IEMA – Instituto Estadual de Meio Ambiente. Ortofotomosaico 2007/2008. 2008. Convênio “VALE de Qualidade Ambiental”. Companhia VALE e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Cariacica: Instituto Estadual de Meio Ambiente.
Peluzio TMO, Santos AR, Fiedler NC (Orgs). (2010) Mapeamento das áreas de preservação permanente no ArcGIS 9.3. Alegre, CAUFES.
Primack RB, Rodrigues E (2001) Biologia da conservação. Londrina, Planta.
SOS Mata Atlântica, INPE (2011) Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica período 2008-2010. São Paulo, Fundação SOS Mata Atlântica.
SOS Mata Atlântica, INPE (2009) Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica período 2005-2008: Relatório Parcial. São Paulo: Fundação SOS Mata atlântica.
Sparovek G, Berndes G, Klug ILF, Barreto AGOP (2010) Brazilian agriculture and environmental legislation: status and future challenges. Environmental Science & Technolog y 44: 6046-6053.
Tabarelli M, Pinto LP, Silva JMC, Hirota MM, Bedê LC (2005) Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira. Megadiversidade 1: 132-138.
Thomaz LD, Monteiro R (1997) Composição florística da Mata Atlântica de encosta da Estação Biológica de Santa Lúcia, município de Santa Teresa- ES. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 7: 3-48.
Vargas TD, Lani JL, Figueredo NA, Moreira EP, Ferreira JA (2009) Uso do solo nas áreas de APP no projeto de assentamento Che Guevara, município de Mimoso do Sul, Espírito Santo. In: XIII Simpósio Nacional de Geografia Física Aplicada, Viçosa, UFV.
Viana VM, Pinheiro LAFV (1998) Conservação da biodiversidade em fragmentos florestais. Série Técnica IPEF 12 (32): 25-42.
Como Citar
Licença
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
