Estrutura populacional and padrão espacial de Catasetum discolor (Lindl.) Lindl. (Orchidaceae) em uma planície arenosa costeira do sudeste do Brasil.
Resumo
O objetivo deste estudo foi identificar a estrutura populacional and a distribuição espacial de Catasetum discolor (Lindl.) Lindl. em uma área de Restinga da região Sudeste do Brasil, numa área de vegetação arbustiva aberta periodicamente inundável. Foram demarcadas 10 parcelas de 10x10m, totalizando 1000 m², onde se registrou o número de indivíduos, a altura and o diâmetro no nível do solo de cada exemplar. A relação alométrica entre os diâmetros and alturas dos indivíduos foi investigada após sua transformação logarítmica. A estrutura etária foi descrita através do estabelecimento de classes de altura and diâmetro. Foi determinado o padrão espacial por meio do índice de dispersão de Morisita and do índice de Morisita Padronizado. A estrutura populacional mostrou maior percentual de indivíduos em classes de menores alturas and diâmetro, onde foram destacadas três classes de idade: juvenis, adultos jovens and adultos velhos. O padrão de distribuição espacial foi caracterizado como agregado aleatório. Os resultados mostram que a população tem uma grande quantidade de indivíduos juvenis, o que pode garantir sua manutenção.
Palavras-chave:
Downloads
Referências
Alves RJV, Santana IC (2001) Orchidaceae. In: Costa AF, Dias ICA (org.) Flora do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba and Arredores, Rio de Janeiro, Brasil: listagem florística and fitogeografia: Angiospermas, Pteridófitas, Algas Continentais. Rio de Janeiro, Editora do Museu Nacional, pp. 109-112.
Bagnouls F, Gaussen H (1957) Les climats biologiques et leur classification Annales de Géographie. 66: 193-220.
Beduschi T, Castellani TT (2008) Estrutura populacional de Clusia criuva Cambess. (Clusiaceae) and relação espacial com espécies de bromélias no Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, Florianópolis, SC. Biotemas 21: 41-50.
Budke JC, Giehl ELH, Athayde A, Záchia A (2004) Distribuição espacial de Mesadenella cuspidata (Lindl.) Garay (Orchidaceae) em uma floresta ribeiriha em Santa Maria, RS, Brasil. Acta Botanica Brasilica 18: 31-35.
Connell JH (1971) On the role of natural enemies in preventing competitive exclusion in some marine and in rain forest trees. In: den Boer BJ, Grawell GR(ed) Dynamics of populations. Wageningen, Centre for Agricultural Publising and Documentation, pp. 298-310.
Connell JH, Tracey JG & Webb LJ (1984) Compensatory recruitment, growth, and mortality as factors maintaining rain forest tree diversity. Ecological Monographs 54: 141-164.
Dodson CH (1962) The importance of pollination in the evolution of the orchids of tropical America. American Orchid Society Bulletin 31: 525-534, 641-649, 731-735.
Fraga CN, Peixoto AL (2004) Florística and ecologia das Orchidaceae das restingas do estado do Espírito Santo. Rodriguésia 55: 5-20.
Harper JL (1977) Population Biolog y of Plants. Academic Press, London.
Hutchings MJ (1997) The structure of plant populations. In: Crawlely MJ (ed) Plant Ecolog y. Oxford, Blackwell Science, pp. 325-358.
Hijmans RJ, Cameron SE, Parra JL, Jones PG, Jarvis A (2005) Very high resolution interpolated climate surfaces for global land areas. International Journal of Climatology 25: 1965-1978.
Janzen DH (1970) Herbivores and the number of tree species in tropical forests. American Naturalist 104: 501-508.
Lima-Ribeiro MS, Prado EC (2007) Distribuição espacial de uma população de Vernonia aurea Mart. ex DC. (Asteraceae) em um fragmento de Cerradão no município de Caiapônia, GO, Brasil. Bioscience Journal 23: 81-89.
Marques MCM, Joly CA (2000) Germinação and crescimento de Calophyllum brasiliense (Clusiaceae), uma espécie típica de florestas inundadas. Acta Botanica Brasilica 14: 113-120.
Martin L, Suguio K, Dominguez JML, Flexor JM (1997) Mapas geológicos do Quaternário costeiro da metade norte do Rio de Janeiro and Espírito Santo (Escala=1:200.000). Texto explicativo: Geologia do Quaternário costeiro do litoral norte do Rio de Janeiro and Espírito Santo. Rio de Janeiro, CPRM:Fapesp.
Mori AS, Silva LAM, Lisboa G, Coradin L (1985) Manual de Manejo do Herbário Fanerogâmico. Ilhéus, Centro de Pesquisas do Cacau.
Oliveira PEAM, Ribeiro JF, Gonzales MI (1989) Estrutura and distribuição espacial de uma população de Kielmeyera coriaceae Mart. de cerrados de Brasília. Revista Brasileira de Botânica 12: 39-47.
Pereira OJ (2003) Restinga: origem, estrutura and diversidade. In: Jardim MAG, Bastos MNC, Santos JUM (orgs.)Desafios da Botânica Brasileira no Novo Milênio: inventário, sistematização and conservação da biodiversidade vegetal. Sociedade Brasileira de Botânica, Belém, Pará, pp. 177-179.
Primack R, Rodrigues (2001) Biologia da conservação. Londrina, Editora Planta.
Scolforo JRS (1998) Manejo Florestal. Lavras, UFLA/FAEPE.
Solbrig OT (1981) Studies on the population biology of the genus Viola. II The effect of plant size on fitness in Viola sororia. Evolution, Lawrence 35: 1080-1093.
Souza JP, Coimbra FG (2005) Estrutura populacional and distribuição espacial de Qualea parviflora Mart. em um cerrado sensu stricto. Bioscience Journal 21: 65-70.
Souza VL, Silva AO (2006) Estrutura and distribuição espacial de uma população de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville em Cerrado da Reserva Biológica and estação experimental de Mogi Guaçu, Estado de São Paulo, Brasil. Holos Environment 6: 55-69.
Swaine MD, Lieberman D, Putz FE (1987) The dynamics of tree populations in tropical forest: a review. Journal of Tropical Ecolog y 3: 359-366.
Young K, León B (1989) Pteridophyte species diversity the Central Peruvian Amazon: importance of edaphic specialization. Brittonia 41: 388-395.
Como Citar
Licença
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
